Últimas indefectivações

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Metade do serviço está feito !!!




A lesão do Frisby pode condicionar muito o resto da Final, se o Sérgio não recuperar, podemos ficar sem 2 jogadores importantes na rotação, principalmente no jogo interior. E como foi visível hoje pelas picardias constantes, os jogos na 'Faixa de Gaza' não vão nada fáceis, psicologicamente, e fisicamente!!! Recordo-me inclusive de um jogo de Basket onde o Macaco em pessoa foi detido!!! Imaginem a 'peixeirada', para a policia ter que prender o 'Senhor'!!!


Somos claramente superiores, mas nada está ganho...

Surreal, ou talvez não !!!

"...
Obrigado às claques

Numa pequena retrospetiva à época finda, que tinha por objetivo o penta, Pinto da Costa começou por dizer que não ia falar do que aconteceu. "Vou falar de algo positivo", anunciou. E falou: "Dou uma palavra de agradecimento ao apoio das nossas claques porque estão em todo o lado, seja em que estádio for, apoiando-nos sempre, independentemente do resultado."
..."

in Record


Depois de tudo aquilo que se passou 'em volta' da Final da Taça da Liga, e depois de tudo o que se passou antes, e durante, o jogo do Benfica da penúltima jornada, estas palavras (mais uma vez) servem como prova do apoio incondicional da estrutura Corrupta à Carneirada, o comportamento selvagem e criminoso não é desculpado, é pelo contrário apoiado, e enaltecido, são como medalhas pelo 'bom' comportamento...!!!
PS: O resto do discurso é igualmente patético, mas já não tenho paciência...!!!

Iniciados - 2ª jornada



O miúdo tem nome de craque, e em dois jogos marcou os dois golos do Benfica, ambos decisivos para a vitória, e o desta manhã foi espectacular...!!!
Benfica.........6
Corruptos....3
Guimarães...3
Sporting......0

Fim de época penoso...

domingo, 30 de maio de 2010

Vitória do Futsal !!!



Vai ser muito difícil passar esta eliminatória, depois desta vitória se calhar devia estar mais optimista, mas a maneira como não são marcadas faltas sobre os nossos pivot's, com o anti-jogo constante dos Pasteis, e com o esperado ambiente hostil, só posso estar pessimista !!!

Espero estar errado...!!!

Poesia !!!

"Ao longo da carreira encontrei vários tipos de adeptos. Dos fanáticos de Sevilha, aos low profile do Mónaco. Mas como também já referi, não encontrei nenhuns com a genuína paixão dos benfiquistas. É quase inexplicável. Sente-se olhando fundo nos olhos das pessoas. Sente-se nas manifestações espontâneas nas ruas, nos restaurantes, no estádio. Sente-se nas cartas que recebemos (...).
Quem já passou pelas mesmas situações - em países diferentes, com clubes diferentes e adeptos diferentes - sabe distinguir claramente os sentimentos. Aqui é distinto. Garanto!."

"O Benfica é um clube muito especial. Não digo isto para ser politicamente correcto ou conquistar o coração de quem quer que seja. Aliás, antes de vir para Portugal, posso confessar que desconhecia em absoluto esta grandeza.
O Benfica foi-me conquistando e convencendo com factos. É daqueles clubes que te surpreende dia após dia.
Quando conto isto a alguns colegas de outros clubes eles estranham. Como é que alguém passou pelo Real Madrid ou Barcelona se pode surpreender? A explicação é simples. O Real ou o Barça são como teatros gigantescos e nós, os jogadores, somos os actores principais de uma grandiosa encenação. No Benfica é outra coisa, mais ligada ao sentimento, ao povo, à paixão. Vem das raízes, é genuíno.
Os adeptos conseguem transmitir-nos exactamente o que lhes vai na alma. Sentimos essa força na pele. (...)
Cheguei a dizer ao Jorge Jesus: "Mister, isto nem no Madrid!"
O mesmo já tinha acontecido no estágio da Suiça. No meio das montanhas, num local quem nem vem no mapa, havia centenas de benfiquistas a apoiar-nos. Após o primeiro treino liguei à minha mãe e disse: "Mãezita, este clube é impressionante!"

in Para ti, Cacho - Saviola, via Supremo Benfica

Universalidade

"A chegada da delegação argentina em Pretória neste sábado não chegou a parar a cidade e, nem muito menos, causar problemas para o trânsito. No entanto, uma partida da liga local de futebol mirim começou com atraso por conta do time de Maradona. Excitados em terem a chance de ver jogadores como Messi, Tevez e o próprio técnico dos hermanos, o time do Tuks, formado por meninos entre 13 e 14 anos, ficaram na entrada da Universidade de Pretória para conseguirem seu objetivo.

Entrevistados pela imprensa argentina, os meninos, sendo que boa parte deles filhos de portugueses, elegeram o seu grande ídolo entres a seleção dos hermanos. E a resposta surpreendeu a todos.

- Tem o Messi, mas gostamos do Di María por que ele joga no Benfica – disseram os meninos.

Mas nem Di María e nem Messi deram muito atenção para garotada. Com um forte esquema de segurança, os dois ônibus que levavam a delegação da argentina passaram rapidamente e não houve qualquer contato com os atletas.

Apesar do atraso, o Tuks não teve problema para derrotar o Marítimo, filial do clube lusitano da Ilha da Madeira, por 9 a 0."

in Globo Esporte

Já não é surpresa !!!


sexta-feira, 28 de maio de 2010

terça-feira, 25 de maio de 2010

O 'nosso' Di Maria provoca um enorme sorriso ao Maradona!!!

Sim, ainda é 'nosso'....!!!




O mesmo golo, mas com outros comentários:



É sempre agradável ver os jogadores do Benfica a demonstrarem todo o seu talento ao serviço das suas Selecções(força Di !!!). Por falar disso parece que o Coentrão foi o melhor jogador da Selecção do Queiroz!!! Sinceramente não reparei, é que aqui em casa corre sangue de Cabo Verde (não estou a gozar!!!), e portanto tive mais atento à Selecção treinada pelo João de Deus (estes nomes bíblicos não sei porque, agradam-me!!!). Fiquei um pouco desiludido com o resultado, empatar com a Selecção do Queiroz foi um mau resultado, até a Albânia em inferioridade numérica consegue este tipo de resultados, se Cabo Verde quer entrar na elite Africana tem que começar a ganhar estes jogos fáceis!!! Já é tempo de jogadores como o Nani, e o Manuel Fernandes, jogarem pela Selecção das suas raízes, pelo menos assim ainda teriam hipóteses de ter algum sucesso...!!!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A 'carneirada' adora esta 'palha' !!!

A edição de 24 de Maio do papel higiénico conhecido pelo O Nojo, vai ficar para a história!!! Conseguiu reunir na primeira página, uma Azia Monumental !!!
Podemos falar da incompetência profissional, de uma hipocrisia criminosa, da desonestidade intelectual, ou de como se formam 'rebanhos de carneiros' obedientes, e ignorantes...!!!
O descabido e mentiroso titulo sobre o jogo do Benfica em Toronto, os delírios da puta Mossoró (que numa de imitar a Micaela!!!), julga assim ter mais hipóteses de ser contratado pela casa-mãe Corrupta, ao dizer que nenhum jogador do Benfica era titular no melhor onze da Liga!!!(Ahahahahahah...!!!), e ainda o amenésico Colombiano, que supostamente 'não pensa em dinheiro', quando toda a gente sabe a maneira como foi desviado do Benfica...!!!

Um comentário às declarações do Herminio...

Não gosto desta 'personagem', mas muito de vez enquanto, lá diz alguma coisa com sentido!!! Para quem não viu o programa todo, posso esclarecer que mesmo antes destas palavras, disse sobre as supostas ameaças de SMS, que bastaria os arguidos serem sócios de um determinado clube, para o clube ser condenado por Coação!!! É só rir...!!!

PS: Já agora, o Alguidar 'enganou-se' no Dia Seguinte, ou foi impressão minha?!!! Começou a falar de um suposto SMS recebido pelo Jorge Sousa, na altura do Braga-Benfica, que dizia mais ou menos o seguinte:'...eu sei que a tua mulher está sozinha em casa...'. O Alguidar disse que obteu esta informação através de uma noticia de jornal. Será que ele 'enganou-se'?!!! Eu não li isso em lado nenhum!!! Terá sido um 'bufo' da Liga a telefonar para o Alguidar?!!! Ou terá sido o próprio Alguidar a 'criar' a noticia?!!!

...mais um tentáculo do Polvo!!! (por favor acrescentar o SEF!!!)


"Bilhetes pagam vistos no SEF

A troco de bilhetes para jogos de futebol e outras ofertas aceleraram procedimentos de legalização de jogadores e familiares apresentados pelo FC Porto". Assim se lê no despacho de arquivamento do DIAP do Porto das suspeitas de corrupção no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Embora tenho ficado provado que os funcionários do SEF agiram fora do exigido na lei, o DIAP considera que apenas obedeceram a "uma prática institucionalizada a nível nacional, no SEF", no que se refere a atletas estrangeiros.

O "comprometimento" entre Hugo, funcionário do FC Porto, e elementos do SEF chegava até à entrega de camisolas, mas o DIAP crê que não houve dolo na autorização dos vistos, sempre pedidos pelos dragões no Consulado de Portugal, em Vigo, Espanha.

Mas há outros aspectos no inquérito levado a cabo após denúncia anónima. Leandro do Bonfim, Ibson, Cléberson, Cláudio Pitbull e Anderson jogaram oficialmente pelo FC Porto – então, tinha também equipa B – quando "não estavam habilitados com o adequado título jurídico". Isto porque os brasileiros actuaram pelos dragões quando tinham vistos de curta duração e esperavam pelo vistos de residência. O FC Porto pagou diversas contra-ordenações, a maior quantificada em 10 506 euros.

O caso de Anderson, agora atleta do Manchester United, traz outro aspecto curioso. Chegou ao FC Porto (ordenado de 33 mil euros) ainda menor, pelo que se tornou urgente providenciar um emprego de cozinheira (369 euros) para a mãe do brasileiro. "Só acredita quem quer", diz o DIAP, sem dúvidas sobre a falsidade do contrato."


domingo, 23 de maio de 2010

Férias




Jogámos 45 minutos em inferioridade numérica, entre a descompressão do final de época, e as obrigações sociais com os adeptos, foi o melhor que se arranjou...!!!
Muito Obrigado a todos, pela maravilhosa época que tivémos...

Será que isto merece uma vigília ?!!!

"Hermínio Loureiro
'Fizeram-me a vida negra'


Em entrevista ao SOL, o antigo presidente da Liga de Clubes conta as pressões que sofreu enquanto esteve à frente do organismo que tutela o futebol profissional.

O presidente do FC Porto deixou-o de mão estendida no Estádio do Algarve. Vêem-no como aliado do Benfica, mas define-se como sportinguista e 'aliado do futebol'. Hermínio Loureiro, ex-presidente da Liga de Clubes, fala pela primeira vez das pressões no futebol.

Valentim ou Pinto da Costa nunca lhe disseram para controlar o que Ricardo Costa (presidente da Comissão Disciplinar da Liga) andava a fazer?
A única pessoa que me falou do Ricardo Costa foi o Adelino Caldeira, vice-presidente do FC Porto, a 3 de Setembro de 2008 num almoço no restaurante Lusíadas, em Matosinhos. Ele foi clarinho e apreciei a frontalidade. Disse-me: ‘Meu caro, ou você corre com o Ricardo Costa e tem a vida facilitada ou vamos fazer-lhe a vida negra’. Certo é que não mudei a orientação de total autonomia que dei desde o início à Comissão Disciplinar. Desde esse dia que percebi que me iam fazer a vida negra e fizeram.

Por que queria o Porto afastar Ricardo Costa?
Tem a ver com as decisões disciplinares do Apito Dourado, como é evidente. Mas, em nenhuma circunstância, o presidente da Liga podia destituir este ou aquele. O Filipe Soares Franco, presidente do Sporting, também várias vezes sugeriu que eu substituísse o Vítor Pereira – que é a pessoa que mais percebe de arbitragem em Portugal. Não sei se o futebol português está preparado para a autonomia que eu decidi. Porque o presidente da Liga é fustigado por todos (por dirigentes, por especialistas de tudo e coisa nenhuma, por comentadores de segunda e terça-feira) sobre matérias sobre as quais não tem a mínima responsabilidade.

O que aconteceu depois dessa conversa com o Adelino Caldeira?
Essa conversa foi tida num registo de grande urbanidade. Mas a partir desse momento aconteceram coisas absolutamente artificiais como a novela da entrega do troféu de campeão que levou o Porto a escrever uma carta ao secretário de Estado do Desporto a fazer queixa da Liga. O barulho que fizeram! Quando se sabe que esteve marcada a cerimónia – combinada por Óscar Fernandes, funcionário da Liga, que tratou tudo com o FC Porto – e que essa entrega não foi feita porque Pinto da Costa tinha casamento marcado com a senhora Filomena. Obviamente, se o presidente do Porto não estava presente, a Liga não ia fazer essa entrega. E Tiago Craveiro, secretário-geral da Liga, várias vezes falou com Antero Henriques (director do FC Porto) para tentar marcar uma data para a entrega do troféu, mas nunca havia disponibilidade. Criou-se a ideia de que a Liga não queria entregar o troféu ao Porto – isto cabe na cabeça de alguém?

Quando entregou a taça, deve ter ouvido a maior assobiadela na sua vida.
Depois de toda a intoxicação que foi feita, não esperava outra coisa. Recordo-me de que os funcionários do Porto foram de uma correcção extraordinária. Mas lembro-me também que, quando saí da sala para entregar o troféu, ouvi um diligente funcionário do Porto a dizer: ‘Desliguem a musica! Desliguem a musica!’. Era para se ouvirem melhor os assobios. Nunca vi entregar um troféu sem música. Foi original. Foi claramente uma história montada para criar problemas e desgaste, para fazer com que eu não fosse entregar o troféu. Para depois me acusarem de lá não ter ido. As pessoas conheciam-me mal.

Quando foram conhecidas as decisões da Comissão Disciplinar sobre o Apito Dourado alguma vez sentiu a sua segurança ou da sua família em causa?
São matérias sobre as quais não gosto de me pronunciar. São coisas do foro pessoal. Apenas quero dizer que nunca tive segurança pessoal.

Esta época a Liga voltou a ser acusada pelo Porto de beneficiar o Benfica com a suspensão do Hulk e do Sapunaru. Passou a ser um inimigo do Porto?
Não sou inimigo de ninguém. A partir do momento em que o presidente do FC Porto me deixa de mão estendida numa tribuna num jogo no Estádio do Algarve entre o Porto e o Sporting, é evidente que as relações pessoais não podiam ficar da mesma forma. A falta de educação fica com quem não retribui um cumprimento. Mas essa circunstância em nada criou dificuldades no relacionamento institucional entre a Liga e o Porto. Alias, o clube participou activamente e de forma construtiva em todas as reuniões de trabalho. Uma coisa é a relação Hermínio Loureiro/Jorge Nuno Pinto da Costa; outra coisa é a relação Liga/ FC Porto. Em circunstância alguma o Porto podia ser penalizado.

Demitiu-se em Março, quando o Conselho de Justiça decidiu reduzir a suspensão aplicada pela Liga a Hulk e a Sapunaru. Não acha que acabou por dar razão a quem o queria ver pelas costas?
Assumi as minhas responsabilidades. Não sendo jurista, entendi como uma enormidade a desproporção dos castigos aplicados aos jogadores Hulk e Sapunaru pela Comissão Disciplinar e pelo Conselho de Justiça. Não podemos confundir três jogos com quatro meses. Não estou aqui a dizer quem é que decidiu melhor. Deveria ter havido mais cuidado, porque a desproporção das decisões coloca em causa o trabalho de credibilização do futebol. Era preciso alguém tomar uma atitude.

A sua demissão foi um murro na mesa?
Foi um grito de revolta.

Não era mais lógico demitir-se Ricardo Costa?
Não. Se alguém tinha que se demitir, era eu. Nesse dia almocei com Pedro Passos Coelho na Mealhada e ia para Vagos para uma acção de campanha interna para a liderança do PSD. Sabe quem é que me ligou a dar nota da decisão do Conselho de Justiça?

Quem?
Não imagina. Foi Jorge Nuno Pinto da Costa. Fez questão de ligar-me para dizer qual tinha sido a decisão do Conselho de Justiça. Esta é a parte que posso contar desse telefonema.

Depois de o deixar de mão estendida, ligou-lhe para lhe comunicar a sua vitória no Conselho de Justiça. Você ainda não sabia de nada?
Não. A decisão deveria ter sido tornada pública naquele preciso momento. Não estou com isto a dizer que o presidente do Porto tivesse tido acesso a inside information. Estava dentro do carro, e recebi um telefonema de um número que não tinha gravado. Atendi e ouvi: ‘Daqui fala Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do FC Porto’. E transmitiu-me a decisão do Conselho de Justiça e depois disse-me um conjunto de coisas que não posso tornar públicas.

Porquê? Não são reproduzíveis?
Não posso, não devo. Sei o que é publicável e transmissível, e o que não é. A partir desse momento, procurei confirmar a informação, pois havia muita contra-informação a circular – a RTP chegou a noticiar uma coisa à hora de almoço que não se veio a confirmar. Mais tarde, o secretário-geral da Liga de Clubes confirmou-me a decisão. Perante esta situação, ponderei sozinho algumas horas e decidi renunciar ao cargo de presidente da Liga de Clubes. Informei os meus colaboradores e solicitei a todos os titulares de cargos nos órgãos da Liga que se mantivessem em funções para manter a normalidade."

Javi Garcia, exemplar...



"Javi García garante ter criado fortes elos afectivos com o clube e nem pensa em deixar a Luz. Promete, isso sim, render ainda mais em 2010/11 e continuar a “pagar” o que o Benfica investiu.

«Não posso pedir mais», solta Javi García, quando confrontado com a época de estreia no Benfica. «Joguei toda a temporada e fomos campeões. Quando cheguei a minha primeira meta era jogar domingo a domingo, o que consegui, e em termos colectivos alcançámos o objectivo principal», justifica, na certeza de que a mudança para a Luz mudou a sua carreira.

«Aqui joguei, o que não acontecia em Madrid. E isso é o que todo o jogador quer. Para mais sou jogador jovem, preciso de minutos, de ganhar confiança. Ainda tenho muito por melhorar, mas esta temporada foi muito importante, aprendi muito e espero ficar aqui e continuar a aprender.»

O médio espanhol não esquece que o Benfica «apostou forte» na sua contratação, pagando um «preço significativo por um jogador jovem» [n.d.r. sete milhões de euros], pelo que tem tentado «devolver a confiança».

Mais do que isso, Javi admite ter criado uma ligação afectiva muito forte com o clube que representa: «Estive muito tempo em Madrid, desde pequeno, mas praticamente não joguei na primeira equipa. Aqui no Benfica, jogando domingo atrás de domingo, com estes adeptos, realmente estou a sentir a camisola, estou a sentir o Benfica e o que o clube representa. E digo com sinceridade que é a primeira vez que sinto isto, nunca tinha sentido tanto uma equipa, um símbolo. Estou encantado.»

Feita a declaração de amor, o camisola seis nem quer ouvir falar do interesse de outros clubes. «Sinceramente, nem falo sobre isso com o meu representante. Não tenho intenção nenhuma de sair, quero é jogar ainda melhor na próxima temporada, pois agora tenho mais confiança em mim próprio. Sinto-me querido e quero subir ainda mais o meu nível», vinca, na esperança de que também não saiam do clube unidades fundamentais como David Luiz ou Di María: «Falo por mim e por toda a equipa: não queremos que esses ou outros jogadores nos deixem porque são muito importantes para nós e seriam baixas difíceis de colmatar, mas eles e o clube é que têm de decidir.»"
in A Bola

Nas Meias-finais, com o Belenenses sem o 'factor' casa...


Juniores, 2ª jornada

Evandro Brandão



Sofremos o primeiro golo num ressalto, o segundo foi um auto-golo do Bakar, e já nos descontos o Adul falhou o golo completamente isolado...!!!

Após duas jornadas:

Sporting ......4
Guimarães ..3
Benfica ........2
Corruptos ...1


...escritura, segundo...


"Entrevista de Jorge Jesus à Bola(clicar aqui para ver o video)...

«Vou ter de ganhar a Champions, dê lá por onde der»

Irreverente. Frontal. Por vezes polémico. Apaixonado pelo futebol. É assim o novo treinador campeão de Portugal. Ao chegar à Luz, Jorge Jesus traçou como meta a conquista do título e não defraudou ninguém. Agora aponta a metas mais elevadas, como a Champions. Ainda a viver dias inesquecíveis pelo título, Jesus recebeu A BOLA para uma extensa entrevista

Entrevista Paulo Alves e José Manuel Freitas

— No dia em que foi apresentado como treinador do Benfica disse que estava ali para ser campeão. Conseguiu esse desígnio, mas em algum momento sentiu que poderia não vencer o campeonato?
— Não. A cada dia que passava durante a época mais convicção tinha de que ia ser campeão. Só não tinha a certeza absoluta porque em futebol não há certezas absolutas. Mas convenci-me que ia ser mais fácil de concretizar do que pensava. Porque depois de estar no clube, de o conhecer e conhecer os jogadores fiquei com a certeza que dificilmente não conseguiríamos o êxito de ser campeões.

— Mais fácil porquê? Devido às condições que o Benfica oferece ou porque o potencial dos adversários o convenceu que podia ser campeão?
— O Benfica de facto tem uma estrutura humana que eu aproveitei e à qual incuti as minhas ideias, incuti que o dia-a-dia é assente num conhecimento de antecipação e as pessoas foram percebendo que tinham de trabalhar ao meu ritmo, não só os jogadores mas todas as pessoas que envolviam a estrutura futebol. E depois de analisar que a matéria humana tinha de facto muita qualidade, principalmente os jogadores, nunca coloquei em dúvida que iríamos ser campeões... Ou melhor, houve um momento em que tive algum receio: foi na última jornada, com o Rio Ave. Mas por causa da ansiedade que se instalara em toda a gente, sobretudo nos jogadores. Era um jogo que, teoricamente, até era fácil, mas nós sabemos que no futebol por vezes acontecem certas coisas para as quais não estamos preparados. Mas ao longo da minha carreira nunca me aconteceu morrer na praia como é costume dizer-se e sentia que também não seria nesse dia.

— Quando chegou ao Benfica proclamou que a equipa tinha de jogar o dobro. Foi isso que tentou ao longo da época, colocar o Benfica a jogar mais que em anos anteriores?
— Eu quando disse isso nunca quis criticar ninguém. Mas via o Benfica jogar, via os jogadores que a equipa tinha e sabia que a minha forma de trabalhar iria colocar esses jogadores a render mais. E à medida que os fui conhecendo melhor, e eles a mim, fui ficando com a ideia cada vez mais clara de como potenciar aqueles jogadores... E na minha opinião jogaram mesmo mais.

— Mas teve consciência do que estava a dizer realmente, sabendo que ia encontrar jogadores de um nível com o qual nunca tinha trabalhado, como Saviola, Cardozo, Ramires, Aimar ou Luisão? Os jogadores não ficaram desconfiados de si?
— Os jogadores perceberam rapidamente a minha mensagem. Eu sabia que ia ter no grupo internacionais de vários países mas isso para mim não era sinónimo de causar complicações à minha comunicação porque sabia e sei que, independentemente do valor do jogador, o fundamental está no treinador, face às ideias e às ambições que consiga passar para os jogadores. A minha forma de estar, a minha maneira de ser é de uma personalidade com convicções muito fortes... Mas aquilo que eu digo é que é muito mais fácil trabalhar com os grandes jogadores: é muito mais fácil trabalhar com Aimar, Di María, Saviola, Luisão, com todos aqueles que são internacionais dos seus países, do que trabalhar com um jogador de nível médio. Estes são egocêntricos: julgam que são, mas não são... e é muito mais difícil trabalhar com eles.

— Você tem uma forma muito directa de abordar algumas situações. Isso no treino com os jogadores não lhe cria algumas animosidades?
— Nunca me importei muito com isso. Para mim o que conta são as ideias que eu tenho e sei que se as colocar em prática o êxito fica mais próximo. Nunca fui nem sou um treinador estilo quero, posso e mando mas há vários itens dos quais não abdico, fundamentalmente de três situações: disciplina de grupo, disciplina táctica e disciplina de jogo. Passo isto aos jogadores e o que tem de ser feito mediante cada uma destas ideias. Todos, a partir daí, sabem o que têm de fazer. E quem não quiser partilhar isto ou adaptar-se a estas ideias... comigo não trabalha mais. Seja quem for.

— Os jogadores perceberam que não havia lugares cativos, quem não trabalhasse tinha os dias contados...
—Não é só não trabalhar... é, por exemplo, não perceber que em primeiro está o grupo; quem não perceber que as minhas ideias é que contam. Acho que pela minha vivência, pela forma como fui criado (fui criado em ambientes de conflito, na rua) adoro o conflito, só sei viver assim e é isso que me dá um grande gozo.

— E alguma vez teve algum conflito com algum jogador?
— Nunca.


«Di María levou equipa às costas»

— Sabendo que o Benfica quer ser novamente campeão e ir o mais longe possível na Champions, está preparado para a eventualidade de perder alguns jogadores... fiquemos só por dois: Di María e David Luiz?
— Não é fácil no Mundo encontrar substitutos à altura desses dois jogadores...

— O presidente Luís Filipe Vieira já lhe comunicou essa possibilidade de eles saírem?
— Já disse que podemos perder alguns, Di María um deles. Mas não há certezas quanto a isso. A única certeza é que a SAD tem as mesmas ideias que eu, queremos ter uma equipa forte e só deixarão sair jogadores se pagarem as cláusulas de rescisão. Se houver mais um ou outro jogador para sair... faz parte do meu trabalho também, que é valorizar os activos do clube.

— Mas reconhece que não é fácil substituir Di María e David Luiz?
- Não é fácil, principalmente o Di María. É um jogador que cresceu muito comigo, é um menino com o qual tive muito orgulho em trabalhar, sempre muito atento, muito humilde. E sempre tentei explicar-lhe que o jogo tem várias fases para se saber jogar e há uma fase em que, para mim, ele é dos melhores do Mundo: na zona da decisão. E foi aí que muitas vezes ele levou a equipa às costas.

— Foi o melhor jogador deste campeonato?
— Não direi isso. O Benfica teve grandes jogadores que fizeram que a equipa colectivamente fosse forte e se tiver de destacar, destacarei sempre a equipa, o colectivo e não um jogador em particular. Agora cada um especificamente na sua posição foram importantes, tal como Saviola, tal como os elementos do corredor central em termos defensivos... O Benfica teve vários jogadores do campeonato. Nenhum dos nossos adversários tiveram jogadores que colocaram em campo o perfume, a mestria, a arte, a eficácia como nós tivemos ao longo da época.

— Gaitán e Jara são jogadores com perfil para ajudarem o Benfica a ser melhor?
— A ideia é essa. Desde que cheguei ao Benfica todas as contratações que temos feito é aposta em jovens, miúdos entre os 20/22 anos... Mas já disse ao presidente que temos de ter atenção: parece que estamos a contratar uma equipa de juniores. É um risco, apostar em jogadores que ainda não se afirmaram, que têm valor, mas que só os mais atrevidos é que os vão buscar, porque há sempre a dúvida sobre se depois rendem ou não. Mas o Benfica tem de começar a contratar jogadores como fez na época passada com o Saviola e o Javi García.

— Mas em relação a esse dois argentinos em concreto, são jogadores para se imporem como titulares?
— Vou dar o exemplo de dois treinadores: Arsène Wenger e José Mourinho, o Wenger contrata jogadores para crescerem com ele, mas isso tem os seus dissabores, os seus riscos. Ele valoriza os jogadores, mas não valoriza os títulos da equipa, não tem nenhum há vários anos. O Mourinho contrata jogadores feitos para conquistar títulos. Eu pretendo estar nos dois lados.

— (...)
— Em relação ao Jara e ao Gaitán, conheço-os bem. Não contratamos jogadores por vídeo. Mandámos um treinador que trabalha connosco da máxima confiança observá-los, eu também já os tinha visto. Mas são dois jovens...


«estamos à procura de um guarda-redes»

— Quantas aquisições é que vai fazer mais Benfica?
— Depende dos que saírem, pois teremos de repor. Se não sair ninguém...

— Por si não saía ninguém?
— Por mim não deixava ninguém sair. Vamos imaginar que isso acontece, nesse caso o Benfica precisa de dois jogadores.

— Um guarda-redes e mais?
— Dois jogadores. Não especifico posições.

— Quim e Moreira estão ambos em final de contrato. Conta com algum deles para a próxima época?
— Eles vão saber por nós no momento certo quais são as nossas ideias. E sem passarmos as ideias aos jogadores não a vamos passar para o exterior... apesar de eu já ter conversado com a maior parte da equipa em relação ao futuro.

— Mas está nos planos a chegada de mais um guarda-redes?
— A aposta para a nova época é de formarmos aquele lugar específico com três guarda-redes de valor em relação às exigências que o Benfica irá enfrentar. E como já demonstramos durante o ano, isso passa por ir ao mercado à procura de mais um guarda-redes.


«Poucos na Europa têm um Cardozo»

— Acreditava que o Cardozo iria ter uma época tão concretizadora como a que teve: Bola de Prata, melhor marcador da Liga Europa?
— O Cardozo era um daqueles jogadores que quando eu ainda não estava no Benfica via jogar e dizia para o Raul [José] que se trabalhasse connosco valia mais de 20 golos por época. E foi aquilo que fizemos.

— Teve de o abanar, como chegou a dizer?
— A ele e aos outros tive de o trabalhar em função da sua qualidade. Eu, na verdade, não faço milagres. Eu, e outros treinadores, só conseguimos potenciar a qualidade de um jogador quando ele efectivamente tem qualidade. O difícil é saber descobrir o que é que ele tem e encontrar meios para o desenvolver.

— Mas tem consciência que apesar dos golos, há muita gente que desconfia do Cardozo, de ser lento... não ser elegante como jogador?
— É conforme olharem para o jogo. Se olharem para o Cardozo à procura de um jogador de nota artística, como eu costumo dizer, então não gostam dele. Mas se olharem para o Cardozo como um goleador, como um jogador que poucas equipas na Europa têm jogadores com aquelas características, que são goleadores, que é aquilo que conta... então. A beleza do Cardozo é fazer golos. A beleza do Cardozo não é o Aimar, que tira dois do caminho e assiste o avançado... por isso é que o futebol é arte como eu já disse citando o exemplo dos pintores. Os pintores misturam as tintas e depois uns dão uma pincelada e aquilo não vale nada, outros fazem um risco e vale milhões. Porquê? Porque é arte. E a arte não se aprende, nasce connosco.

— Quando o Cardozo falhou os penalties, falhou quatro ao longo da época, teve vontade de lhe retirar essa responsabilidade e entregá-la a outro jogador?
— Nunca, porque eu penso como os jogadores. Eu também fui jogador e sei como eles pensam. Se fizesse isso... Se tivesse um segundo batedor tão bom como ele era capaz de pensar duas vezes, mas como estava convicto que não o tinha, o Cardozo continuou a ter toda a confiança da equipa.


«Distraíram-se a inventar túneis»


— O Benfica foi a melhor equipa deste Campeonato?
— Nem há comparação possível.

— Que explicação, então, é que encontra face aos que dizem que este foi o 'campeonato dos túneis'?
— Quando não se têm muitos argumentos para apresentar, por vezes é preciso branquear determinadas situações para defender as suas equipas. E penso que foi o que alguns dos nossos adversários tentaram fazer: viram que o Benfica estava muito forte, não havia muitos argumentos para nos poder desestabilizar... e distraíram-se a inventar questões de túneis. Esse é que foi o erro fatal dos nossos rivais: distraíram-se com essas situações menores e nunca perceberam que eles não tinham os argumentos do Benfica. E fomos justos campeões.

— Mas acha que se o FC Porto tem jogado a época toda com o Hulk e o Sp. Braga com o Vandinho as coisas poderiam ter sido diferentes?
— Um jogador não faz uma equipa. Nós jogámos tantas vezes sem Di María, sem Saviola, sem Cardozo... e continuámos a ganhar. Compreendo que não é fácil jogar sem o Vandinho, que é de facto um grande jogador... fui eu que o coloquei numa posição onde ele nunca tinha jogado e onde demonstrou que é um dos melhores em Portugal naquele sector. Mas não foi por causa de ele não jogar que o Benfica foi campeão... Tal como o Hulk, que jogou contra o Benfica na Luz e o FC Porto perdeu.

— Face ao que foi feito esta época, ao que foi conseguido e à forma como colocou a equipa a jogar, sente que na próxima época as exigências serão ainda maiores?
— A exigência será maior, sem dúvida. Temos um título e teremos que o saber defender e não vamos ser surpreendidos. No passado os adversários do Benfica iam à Luz e diziam que iam para tentar vencer, e este ano viu-se que uma das preocupações de quem ia ao nosso estádio era não sair de lá com goleadas. Isso deveu-se muito ao trabalho que foi feito e à qualidade dos jogadores.

— Diz que este ano os adversários andaram distraídos. Isso provavelmente na próxima época já não acontecerá. Equaciona mudar a estratégia?
— Acredito que as coisas possam ser mais complicadas, mas não será por aí que o Benfica vai deixar de apresentar o nível que tem tido. Os jogadores estão lá, o treinador é o mesmo e cada vez mais seremos mais fortes porque nos conhecemos cada vez melhor.

— E poderá repetir, tal como fez no ano passado, que está no Benfica para ser mais uma vez campeão?
— Claro. Mas não preciso de dizer isso. Quem treinar o Benfica vai dizer o quê? Quem está naquela casa, seja treinador ou jogador, não pode pensar de outra maneira. O Benfica é um clube que tem de pensar em grande e que tem de ter a qualidade nas pessoas que fazem parte da equipa para poder transportar essa ideia para o jogo. Foi isso que consegui fazer este ano e que para o ano vou fazer novamente.

— Acabou de renovar contrato até 2013 com uma cláusula de rescisão cujo valor não foi oficialmente revelado mas presume-se que alto...
— Já vi o valor escrito...

— 7,5 milhões de Euros.
— Exacto.

— Se chegasse amanhã um clube a pagar esse valor, deixava o Benfica?
— Não. Não posso fazer isso. Tive possibilidades de o fazer mas não podia desiludir os sócios e adeptos do Benfica. Sei que não serei um treinador eterno no Benfica, irei sair um dia mais tarde. Mas este ano tinha de ficar por aquilo que os adeptos representaram para a equipa e para mim, pela forma como eles acreditaram e também me ajudaram... Eu já tive oportunidade de dizer isto: os dois jogos mais importantes da época, que fizeram com que fossemos campeões, foram o da primeira jornada com o Marítimo e o da Taça de Portugal, que perdemos com o V. Guimarães. Foi aí que fomos campeões, quando os sócios do Benfica depois de um empate e de uma derrota aplaudiram a equipa no fim e os jogadores sentiram que quando errassem poderiam ficar serenos porque os adeptos estariam sempre do lado deles. Foi isso que fez com que a equipa nunca mais parasse.


«Podia ter ganho a Liga Europa»


— Depois de ter sido campeão disse que agora quer a Champions. Tem consciência das dificuldades que o esperam?
— Aquilo que eu disse, na sequência de uma pergunta que me fizeram, foi que se eu estivesse nos quartos-de-final da Champions como este ano estive na Liga Europa... que se calhar não tomava as mesmas opções que tomei este ano: ou seja, defender completamente o Campeonato, o que eu queria, e os sócios do Benfica sabiam isso desde a primeira hora, era ser campeão. E sabia que não podia ter as duas coisas, porque não tínhamos tempo de recuperação. Não tem nada a ver com o facto de jogar 50 ou 60 jogos, os jogadores não têm é capacidade para recuperar de jogo para jogo em dois ou três dias, que foi o que aconteceu, por exemplo, entre o jogo com a Naval e a ida a Liverpool. Não estavam preparados para corresponder à intensidade do jogo em termos fisiológicos e daí ter mudado alguns elementos importantes, em defesa do próximo jogo, sabendo que ia colocar em risco a passagem às meias finais.

— (...)
— Mas se na próxima época, na Liga dos Campeões, chegar em idênticas circunstâncias aos quartos-de-final aí se calhar tomarei a opção inversa.

— Isso quer dizer o quê? Aposta mais na Champions e deixa o Campeonato?
— Não. Arrisco nos dois. Enquanto que eu este ano não coloquei em risco o Campeonato.

— Depois de ter visto a final da Liga Europa... não ficou com a sensação de que se calhar podia ter conquistado esta prova também este ano?
— Acho que podia ter ganho a Liga Europa... mas também estou convencido que se calhar não teria vencido o Campeonato. Porque o Sp. Braga foi até ao fim e não perdeu mais nenhum jogo e nós tínhamos jogos decisivos pela frente: com o Sporting, com a Académica. Jogos onde precisava de ter a equipa completamente recuperada da Liga Europa. E sabia que isso só seria possível se ficasse de fora... A equipa mais forte que defrontámos esta época na Europa até nem foi o Liverpool, foi o Marselha, nem há comparação possível! Mas não estou arrependido da opção que tomei.

— Ao assumir até ao exagero que a prioridade era o campeonato e não a Liga Europa, não terá conduzido os jogadores a pensar que esta prova não interessava tanto?
— Não era não interessar. Nós tínhamos uma prioridade bem definida. E eu sabia que em 99,9 por cento dos sócios do Benfica o sentimento era o mesmo. Eu não podia defraudar aquilo que eu prometi, que foi ser campeão nacional e não da Liga Europa. O que me importava era chegar longe e recuperar a identidade do Benfica na Europa e foi isso que fizemos. Para o ano temos o Campeonato, e para já a prioridade é passar a fase de grupos da Champions. E depois... tudo é possível.

— Aceita que se diga que o Rafa Benítez foi mais inteligente que Jorge Jesus no jogo de Liverpool?
— Não. Aceito antes que se diga que o Benítez não tinha mais nada para ganhar e preparou a equipa para a Liga Europa, ao contrário de mim. Respeitou o Benfica e jogou com uma estratégia com mais certeza, enquanto que para mim era mais importante ser campeão nacional...

— Disse numa entrevista que nos clubes por onde passou cumpriu sempre os objectivos...
— É verdade!

— Assumir o objectivo de querer ser campeão europeu não é um risco?
— A Champions é um objectivo da minha vida desportiva. Eu vou ter de ganhar a Champions, dê lá por onde der. Agora em que ano não sei, mas que a vou ganhar, disso não tenho dúvidas. Porque só a ganha quem está à altura dos grandes títulos e de ser considerado dos melhores treinadores do Mundo. E se eu quiser ser um dos melhores treinadores dom Mundo tenho de ganhar a Liga dos Campeões.

— E acredita que isso poderá ser pelo Benfica?
— Acredito que poderá ser pelo Benfica. Não direi se será este ano, isso não sei, porque é relativo... os sorteios têm sempre muita influência na conquista dessas provas. Mas que o Benfica tem tudo para que a possa vencer e que eu tenho capacidade para isso não tenho dúvidas. Porque acho que as grandes equipas da Europa, que são rotuladas como as grandes equipas, muitas delas não são aquilo que dizem...

— Mas terá o Benfica capacidade para ombrear com Barcelona, Chelsea e outros que tais?
— O Barcelona é a melhor equipa do Mundo. O Chelsea é uma boa equipa como o Liverpool, o Manchester United ou o Arsenal...

— E em que plano Europeu é que coloca o Benfica?
— Coloco-o num patamar em que poderá disputar as eliminatórias com os melhores. A diferença será de pormenor. Classifico o Benfica como estando ao nível das melhores da Europa. Faltará perceber como iremos enfrentar a Champions e a fase de grupos será determinante para isso. Penso que há muitas equipas que não são tão fortes como as pintam...


«Não deixo adormecer os jogadores»

— Esta época o Benfica teve uma enorme percentagem de posse de bola e quando encontrou equipas que conseguiam o mesmo sentiu dificuldades. Passou por aí o segredo do seu Benfica, pela posse de bola?
— Não, o segredo desta equipa é a forma como se trabalha. O segredo dos jogadores do Benfica é forma como treinam, a paixão como se treinam e saem de lá completamente exaustos. Os treinos do Benfica são de uma intensidade muito alta. Esse foi o nosso segredo aliado à qualidade dos jogadores.

— Os jogadores agora já o conhecem melhor, acha que vão continuar a trabalhar da mesma forma, ou teme algum tipo de acomodação?
— Quem trabalha comigo sabe a mensagem que passo todos os dias...

— E não ficam 'cansados' de o ouvir, você que tem uma linguagem apaixonada pelo futebol?
— Cansados? Não. Estamos sempre a evoluir e com certeza que vamos introduzir algumas mudanças... Mas os jogadores do Benfica trabalham com uma intensidade muito alta e sabem que eu não os deixo adormecer, porque comigo quem adormece tem depois poucas possibilidades de acordar.


«Discurso não é percurso»

— David Luiz disse que algumas vezes o 'mister' lhe deu alguns ralhetes e isso permitiu-o evoluir. Os jogadores aceitaram bem esses seus ralhetes?
— Eu tenho uma forma de me expressar peculiar, sou muito emotivo. Sou um apaixonado pelo treino e tenho uma forma de comunicar alta... não digo a um jogador olha por favor não te importas de passar ali para aquele lado? Essa não é a minha linguagem. Utilizo a linguagem do futebol.

— Em vernáculo, por vezes...
— O futebol tem uma linguagem própria, não é um português universitário, poético com todas as vírgulas e pontos finais no lugar... porque senão nem eles me percebem. O que eu comunico é o conhecimento. O treino não é uma ciência exacta, é uma ciência humana. O treino é aquilo que nós sabemos criar e eu entendo que não é qualquer um que sabe ser treinador, tem de se nascer para ser treinador. Tal como se nasce para ser jogador, há que nascer para se ser treinador.

— E você nasceu para ser as duas coisas?
— Deus deu-me esse dom, como deu a outros.

— Mais treinador que jogador?
— Também cheguei a equipas grandes enquanto jogador... não ganhei títulos mas cheguei lá. Como treinador cheguei agora a um grande clube ao final de 20 anos de carreira e onde tive de ultrapassar muitas barreiras, muitos defeitos que me foram colocando, não como treinador porque nesse aspecto ninguém me podia apontar nada porque toda a gente notava que eu sabia mais que os outros. Mas ou porque vestia de preto, ou porque por vezes dava uma gafe, muitas delas por vezes inventadas, por tudo isso quiseram desvalorizar-me. E foi por isso que demorei mais tempo a chegar onde cheguei. Mas aquilo que é fundamental perceber, de uma vez por todas, é que no futebol discurso não é percurso! E as pessoas quiseram fazer o meu percurso em função do meu discurso. Não sou um catedrático de português, mas sou um catedrático do treino.

— E Jorge Jesus jogava numa equipa orientada pelo Jorge Jesus?
— Adorava. Porque se eu no meu tempo de jogador tivesse um treinador que passasse aquilo que eu passo aos meus jogadores, tenho a certeza absoluta que teria sido muito mais jogador do que fui.

— Luís Filipe Vieira revelou publicamente, numa entrevista, que quando contratou Jorge Jesus para o Benfica, teve de o fazer nessa altura caso contrário iria parar ao FC Porto. Esteve assim tão próximo de assinar pelo FC Porto?
— Eu tenho de respeitar as duas instituições, Benfica e FC Porto. E se há coisas que vão ficar no segredo da minha família e de mim, essa será uma delas. O presidente e o Rui Costa sabem o que se passou, não interessa divulgar o resto.

— Nos últimos anos o FC Porto tem dominado o futebol português. Acredita ser capaz de enfrentar essa hegemonia?
— O mais difícil foi fazer o que fizemos este ano, que foi quebrar essa hegemonia. Agora temos de ver se temos capacidade para nos mantermos no caminho dos títulos e acreditamos que temos. Porque sabemos o que queremos e acreditamos todos uns nos outros.

— O jogo mais difícil da sua carreira de treinador foi aquele no Estádio do Dragão, com todo aquele ambiente?
— Não. Já disse que sou um treinador a quem o conflito dá um enorme gozo. Onde houver pedrada, ambiente pesado, é onde eu vou estar. Fui criado assim. Quando as coisas são muito serenas... aí é que fico incomodado. E quando digo pedradas é em sentido figurado... mas é isso que me dá gozo e adrenalina e não mexe absolutamente nada comigo. Naquele jogo o FC Porto ganhou porque foi melhor que nós. Só isso.

— É por causa disso que não tem bom relacionamento com alguns treinadores como Manuel Machado, Inácio, Domingos...
— Não vou entrar por aí... No caso do Domingos houve alguns mind games, como agora se diz, mas respeitou-me sempre e eu a ele.


— Como foi o relacionamento com a SAD, nomeadamente com Luís Filipe Vieira e Rui Costa?
— Foi fácil, porque quando se fala a mesma linguagem é fácil como é o caso do Rui Costa e também do presidente. Complicado é quando se tem de falar com alguém que tem a mania que sabe, mas não sabe nada. Desde miúdo que sempre fui ligado ao futebol e quando assim é existe uma outra maneira e outra capacidade de ver as coisas sempre numa lógica em defesa da equipa. Mas é claro que também tive a sorte de já conhecer o Rui Costa, já era amigo dele, do presidente a mesma coisa, logo acho que reunimos tudo para dar certo.


«Fábio Coentrão vai provar na Selecção que é grande lateral»


Fábio Coentrão foi uma das grandes surpresas da época; de suplente de Di María a extremo-esquerdo para um lugar mais recuado na mesma ala

— Fábio Coentrão foi a grande aposta de Jorge Jesus mais conseguida neste Benfica?
— Não. Lancei o Fábio na altura e no momento certo, porque acho que ele vai ser um grande lateral-esquerdo e na Selecção Nacional vai provar isso. Mas a aposta mais conseguida esta época foi a qualidade que a equipa mostrou ao longo do campeonato. A minha grande aposta foi num futebol competitivo, num futebol com classe, com garra e também realista. Essa foi a minha grande conquista e que fez com que os adeptos voltassem ao estádio, e que voltassem a ser uma parte importante para ajudar a motivar a equipa nos seus objectivos.

— O Fábio é aposta em definitivo para lateral esquerdo? Ou pode ser um eventual substituto de Di María se este sair?
— Gosto de jogadores multi-funções, ou seja que desempenhem mais de um papel na equipa. E o Fábio, e também o César, são jogadores que podem jogar na lateral mas também a médios ou até na posição 11. Sou um treinador de estratégia, antes e dentro do jogo e jogadores destes permitem-nos várias estratégias.


«Mantorras é responsável pelo seus actos»

Na Liga, Pedro Mantorras não recebeu um único minuto de competição. O jogador certamente esperava tratamento diferente e não participou na festa do título. Jesus diz que nunca «enganou» o avançado:

«Quando cheguei ao Benfica fiz a avaliação do Mantorras e disse-lhe aquilo que achava. O Pedro Mantorras foi um jogador excepcional, poderia ser um craque, um fora de série... mas face às condições físicas em que ele se encontrava achava que, face à qualidade dos jogadores do plantel para a sua posição, ele não iria ter muitas hipóteses. Expliquei-lhe isso logo no início do campeonato. Iria respeitá-lo como jogador, como profissional e que para mim o contrato dele era para respeitar, porque tenho um grande respeito por todos os profissionais. Nunca o enganei. Também sei que ele provavelmente achava que eu podia dar-lhe mais hipóteses, mais minutos, que num ou noutro jogo, se calhar no último, poderia fazer parte da equipa. Mas era um jogo em que o título ainda não estava decidido, achei que precisava de outros elementos e por isso... Não participou na festa, mas ele é homenzinho, é responsável pelos seus actos, conhece-me e sabe o que eu penso e sabe que quem toma determinadas acções tem de assumir a responsabilidade do que faz.»


Shaffer


«Faltou-lhe qualidade em função das outras opções que eu tinha... havia César Peixoto, que é um jogador mais colectivo do que ele, e depois surgiu o Fábio. É um profissional espectacular, um miúdo espectacular a quem eu tive muita pena de dizer que não ia contar com ele e que o melhor para ele era procurar outro caminho. É assim que eu trabalho, é assim que falo com os jogadores e não os engano. Custa ouvir as verdades, mas eu não tenho problema em enfrentar as situações e os jogadores perceberam que digo a verdade à equipa, e para quem entender esta linguagem as coisas tornam-se fáceis.»


Felipe Menezes


«Um menino que tem muito valor. Está ainda um pouco habituado ao futebol brasileiro, mais pousado, em que há tempo para pensar, para executar e em Portugal isso não acontece. Mas ele tem tudo, física e tecnicamente, para ser um grande número 10. Terá de crescer. Vai crescer no Benfica, na competição. O grande problema do Felipe Menezes é que tem à frente dele o Aimar e o Carlos Martins e isso faz com que ele não entre muito. Quando o fui buscar foi a pensar no futuro e acredito que será um grande jogador. Se tiver de sair para jogar e para se valorizar irá fazê-lo, mas neste momento não tenho essa ideia.»


Éder Luís


«Chegou com 24 anos e era um jogador já com algum estatuto no Brasil, tem grande nível. Mas há coisas que nós não conhecemos quando contratamos um jogador, nomeadamente a sua estrutura mental. Ele tem tido alguma dificuldade de adaptação à pressão, à minha pressão do treino. Porque há muitos jogadores que não aguentam a minha pressão nos treinos. Porque a nossa vida é pressão, que é aquilo que acontece nos jogadores. E há alguns que abanam um pouco. O Éder teve um pouco a dificuldade de enfrentar a agressividade do Campeonato... e, verdade seja dita, também não o tenho colocado a jogar onde ele mais rende, que é como segundo avançado.»


Keirrison


«Vi-o jogar muitas vezes antes da lesão que o afectou, ainda no Brasil, teve de ser operado aos ligamentos cruzados. E depois disso nunca conseguiu ser o mesmo. Mas o Keirrison que eu conheço, que eu vi jogar no Brasil, não tenho dúvida nenhuma que tinha valor para se fixar no Benfica.»

Não gosta de férias

É assim Verão após Verão. Jesus não desliga do futebol nem um só dia. Obriga a família a partir para férias, ficando entregue ao que mais gosta de fazer, mesmo em tempo de teórico lazer.
«Não estou a pensar em ir de férias. Vou fazer o que faço sempre, trabalhar para o Benfica, ver jogos, ver jogadores. Fico em casa, não vou a lado nenhum. Não gosto de viajar, a minha família já sabe que sou assim. Digo a eles para irem mas eu gosto de estar sozinho, ou vou ter com os meus amigos», confessou. É por esta razão que Jesus é considerado um viciado em futebol.


Radiografia a Gaitán


Chega da Argentina mais um jovem que espera impor-se na Luz: Nicolás Gaitán é um jogador de quem Jorge Jesus espera muito. «É um canhoto, que joga nos flancos esquerdo ou direito, que joga na posição 10, mas também a segundo avançado. Por isso é que o fomos buscar. Gosto de jogadores que façam mais de uma posição... É um jogador que pode substituir o Di María.»


Há quem o chame de «bruxo»


Jorge Jesus diz que tem o condão de antecipar o que está para acontecer, ver o que outros ainda não vislumbraram, atento a todos os pormenores: um cruzamento, uma desmarcação, um remate, um desvio.
Respira e vive o futebol como poucos, mas está longe de se considerar um «vidente». Acredita, isso sim, na capacidade qualidade humanas para exercer o melhor que sabe o seu trabalho: treinador de futebol.
Mas os homens que comanda já o tratam por... bruxo. «Os meus jogadores às vezes dizem que eu sou bruxo [solta uma sonora risada]... Mas não acredito em nada disso. Acredito é na qualidade humana. Acredito na antecipação. Por isso é que nos jogos não paro. Porque muitas vezes antes de acontecer eu já vi o que vai acontecer. Às vezes também não vejo tudo mas isso [faz uma breve pausa]... Há muitos que estão a olhar para ali e não vêm nada e eu vejo. Mas não sei explicar porque é que sou assim...»


BI

Jorge Fernando Pinheiro de Jesus
Data de nascimento: 24 de Julho de 1954 (55 anos)

Naturalidade: Amadora (Portugal)

Percurso como Jogador

— De 1971 a 1989: Est. Amadora, Sporting, Peniche, Olhanense, Belenenses, Riopele, Lusitano de Évora, U. Leiria, V. Setúbal, Farense, Benfica e Castelo Branco e Almansilense

Percurso como treinador

— De 1989 a 2010: Amora, Felgueiras, U. Madeira, E. Amadora, V. Setúbal, V. Guimarães, Moreirense, U. Leiria, Belenenses, Sp. Braga e Benfica

Títulos

— Campeonato II B, Zona Sul (Amora, 1992); Taça Intertoto (Sp. Braga, 2009); Taça da Liga (Benfica, 2010) e Campeão de Portugal (Benfica, 2010)"


in A Bola, via Vermelhovzky

sábado, 22 de maio de 2010

Reacção


Exige-se concentração




O Fundão é muito provavelmente a equipa que mais anti-jogo faz em Portugal, já sabíamos à partida que íamos jogar contra 5 autocarros, sendo assim é essencial evitar as falhas de concentração durante o jogo.

O primeiro golo, e o terceiro golo sofridos são inaceitáveis, com ofertas destas contra uma equipa especialista no contra-ataque, é fatal...

Amanhã com o César Paulo de volta, não se pode falhar.

€70 000 !!!

O Benfica foi condenado a pagar uma multa de €70 000 à UEFA, devido aos petardos durante o jogo com o Liverpool. Podiamos discutir se os adeptos que atiraram os Petardos depois de identificados, se deveriam ser eles a pagar a Multa, mas não discuto o valor da Multa.

Agora acho muito estranho, que depois da batalha campal, que se assistiu no Alvalixo antes do Sporting-Atlético Madrid, que durou várias horas, com a participação activa de centenas de pessoas, a Multa para os Lagartos tenha sido somente de €15 000 !!! As imagens provaram que foram mais uma vez os 'calceteiros' da Juve a iniciar a chuva de pedras, com os Espanhois ainda dentro dos autocarros, adeptos Espanhois que viajaram com as suas viaturas a Lisboa foram agredidos, furtados, e ainda tiveram os seus carros vandalizados, mulheres, e crianças, ninguém escapou...!!!

Ergo a minha taça à festa da Taça


Creio que, este ano, a euforia injustificada de pré-época dos benfiquistas encontra justo contraponto na depressão justificada de pós-época dos portistas. Os festejos da vitória na Taça de Portugal foram discretos, como se o facto de o plantel mais caro da história do futebol português ter conseguido bater tangencialmente uma equipa acabadinha de ser despromovida da Liga de Honra à II Divisão não merecesse ser celebrado com estardalhaço. Vá lá uma pessoa compreender os humores dos adeptos. Sendo embora um troféu que, não fosse o Diabo tecê-las, Pinto da Costa optou por não prometer a qualquer alma d´aquém ou d´além túmulo, trata-se de uma taça importante. Ainda assim, a esmagadora maioria dos portistas não teve interesse em vitoriar os heróis que tinham acabado de se superiorizar pela margem mínima a Bamba, Lameirão e seus pares. Já vi festas de aniversário com mais convivas do que a festa da Taça. E funerais um pouco mais animados.

Os balanços de fim de época são sempre inevitavelmente injustos, e temo que todas as apreciações finais da magnífica época do Sporting tenham esquecido um jogador que merece referência, até por ser, creio, aquele que tinha o currículo mais rico do plantel, em termos de conquistas: Angulo. A contratação do jogador insere-se numa bonita tradição sportinguista que deve ser recordada. Angulo é um digno sucessor daquele que foi, para mim, o melhor futebolista de sempre do Sporting, e talvez o que mais títulos conquistou na carreira: Frank Rijkaard, que, como certamente se lembram, brilharam de leão ao peito durante cerca de três horas e meia em 1987. É possível construir um onze de sonho só com profissionais que representaram o Sporting durante menos de uma semana Rijkaard e Angulo são titulares indiscutíveis, obviamente. Vicente Cantatore teria de ser o treinador. E Sá Pinto o director desportivo.

Rui Moreira, evidentemente melindrado por, como ele próprio diz, eu ousar fazer – imagine-se! - «copy/page fora de contexto» das suas doutas opiniões, parece estar convencido de que me ofende quando diz que os anúncios do MEO não têm graça. Imagino que os senhores da agência de publicidade, que são quem realmente concebe e redige os anúncios, tenham passado a dormir com mais dificuldades desde que Rui Moreira resolveu presentear os leitores d´ A BOLA com as suas pertinentes críticas de publicidade, mas eu não tenho interesse nem mandato para os defender. Por outro lado, devo agradecer as palavras simpáticas que dedicou à rábula em que satirizávamos o discurso repolhudo de Manuel Machado. Se me lembro do sketch, Rui? Claro que lembro. Esse fomos mesmo nós que escrevemos. E não foi difícil: limitámo-nos a fazer copy/paste fora de contexto de umas declarações meio bacocas do antigo treinador do Nacional. É um estratagema humorístico ao qual continuo a recorrer amiúde. Resulta tanto melhor quanto mais bacocas forem as declarações citadas. Este ano tenho tido muita sorte com a colheita, sabe?"
Ricardo Araújo Pereira, in A Bola

Na Final...


Não vai ser fácil, mesmo se o Sérgio recuperar nunca estará com ritmo. Esta época até estamos em desvantagem nos confrontos directos (com os jogos das Taças) com os Corruptos. O ambiente nos jogos fora, vai ser muito provavelmente de 'terror', como foi à duas épocas no Play-Off.
Talento temos, mas vai ser necessário muita humildade, muito sacrifício, e muita cabeça fria...!!!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Sem Tréguas - XXI


Campeões



Penitencio-me, defendi a manutenção do Quique no final da época anterior, e duvidei do sucesso do Jesus!!!


Continuo a achar que na época passada só não fomos Campeões por causa das arbitragens, o Quique não é um génio, mas é suficientemente competente para ganhar a Liga Europa. Nas últimas décadas defendi quase sempre a manutenção dos treinadores, sempre afirmei que a troca anual de treinadores só facilitava o trabalho aos nossos inimigos...


Em relação ao Jesus, estava com medo da saúde física dos nossos jogadores, os rumores são lixados e não estou a mentir quando digo que o Jesus tinha fama de dar 'bombas' aos seus jogadores, e tendo e conta o historial recente(últimas épocas) de lesões de atletas do Benfica, temia o pior. Felizmente enganei-me redondamente mais uma vez !!! Mas acho que a responsabilidade por uma época praticamente sem lesões musculares graves (excepto alguns jogadores como o Aimar, o Sidnei, e o Martins com um passado repleto de problemas físicos), passa muito pelo nosso departamento médico, os nossos fisioterapeutas, e ao LAB trazido pelo Rui Costa...


Muito já foi dito sobre as nossas capacidades ofensivas, mas o Benfica desta época teve intratável defensivamente, e não foi exclusivamente por culpa do sector mais recuado, toda a equipa defendia, pressionava, e quase sempre bem longe da nossa área !!! Talvez o Barcelona seja a equipa mais parecida, na maneira como sufoca os adversários. E tudo isto foi feito com a equipa altamente condicionada, foi evidente que durante toda época os jogadores do Benfica 'entravam' sobre os adversários o mais 'suavemente' possível, porque sabiam que ao minimo toque a falta seria marcada, e cartão 'saía' com uma facilidade aterradora !!!


O Rolo Compressor ofensivo foi devastador, só o calendário sobrecarregado, e o recuo dos nossos adversários com medo de serem humilhados, fez com que as goleadas na segunda parte da época fossem menores. A movimentação constante de todos os jogadores, o jogo inteligente do Pablo, e do Saviola, o abre-latas do Di Maria, o sacrifício/qualidade do Ramires, os golos do Cardozo, etc...


Verdadeiras obras de arte, que muito sinceramente mereciam muito mais gente gente nos Estádios!!! Sim fomos o Clube com mais espectadores, mas deviam ter sido mais...


Muitos dizem que o Jesus colocou o Benfica a jogar à sua imagem, mas eu acho que o Jesus nunca tinha colocado uma equipa sua, a jogar desta maneira, por isso acho justo afirmar que o Benfica colocou o Jesus a 'jogar' à sua maneira, o Braga de Jesus não defendia desta maneira, defendia muito mais atrás, é óbvio que nunca o Jesus teve jogadores como o Aimar e o Saviola nas suas equipas...


Concluo que o Jesus foi realmente o factor mais importante nesta época, mas sem o Benfica nunca o teria feito. Uma casamento perfeito...!!!



Quim - Merecia estar no Mundial, fez uma época boa, mas beneficiou muito da eficácia do sistema defensivo da equipa, na maior parte dos jogos, foi um mero espectador. Não me recordo de um jogo onde tivesse sido decisivo. Necessitamos de um guarda-redes que faça a diferença, não acho que seja o Joaquim...!!!

Julio César - Defendi-o várias vezes, tem um enorme potencial, teve muito bem em Godison Park, mas teve muito mal em Anfield Road !!! Deve ficar no plantel, é jovem, tem que ganhar mais confiança, mas neste momento não é o titular que este plantel merece...

Moreira - Provavelmente vai sair, as duas lesões graves acabaram por travar a sua evolução, na pré-época parecia estar à frente do Quim, mas acabou por ser preterido, e depois quando foi chamado em jogos oficiais, Poltava, esteve infeliz...



Luisão - Acabou por ser quase sempre o Capitão em campo, fez uma época formidável, merece inteiramente a convocatória para a Selecção do Brasil. Posicionamento impecável, e mesmo nos contra-ataques rápidos raramente foi ultrapassado...
Como Capitão, sendo um dos jogadores mais experientes, com mais anos no Clube, não pode repetir no futuro as momentâneas 'faltas de calma', por mais quente que seja o ambiente, mesmo sendo agredido, não pode dar 'armas' aos adversários. Devia ter sido expulso com o Nacional para a Taça da Liga, e apesar de achar que o Amarelo contra os Lagartos foi justo, mas com um Frutado diferente podia ter sido expulso, e o titulo ficaria mais difícil !!!

David Luís - Gigante, vale por dois, ou por três !!! Começou a época com malapata !!! Com auto-golos, e/ou com 'erros' que davam os poucos golos que sofriamos ao nossos adversários, mas nunca desmoralizou. Apesar da rasteira campanha feita contra si, nunca teve medo, e nunca perdeu a cabeça, e manteve sempre a agressividade sem maldade...
O seu Benfiquismo é contagiante, um exemplo para muitos jovens jogadores. Talvez o Manuel Fernandes, ou o Miguel, ou o Hugo Leal, ou até o Maniche, entre outros, devessem escutar o David quando fala sobre o Benfica. Os anti-Benfica 'gozam' pelo facto de um dos maiores símbolos do Benfica tenha pronuncia, mas esquecem-se que o David chegou ao Benfica com 18, e seria tão bom que por cá ficasse por muito mais...

Sidnei - Teve um enorme azar: A enorme qualidade da dupla titular !!! Além disso ainda sofreu algumas lesões musculares. Necessita de melhorar o posicionamento em campo, o jogo sem bola, porque na marcação individual é muito forte.
Posso estar a ser injusto, mas na primeira volta surgiram boatos sobre algumas atitudes pouco profissionais, necessita de ter paciência, e esperar pela oportunidade...

Miguel Vítor - Foi um dos jogadores menos utilizados, está numa fase da carreira onde necessita de evoluir, e para isso tem que jogar. Parece-me que o Jesus não 'gosta' muito dele!!! Falta-lhe centímetros, o Jesus gosta de centrais altos, dominadores no jogo aéreo, o Miguel é rápido, lutador, joga quase sempre na antecipação, mas tem alguma dificuldade no ar...
Provavelmente será emprestado, se o David ficar, vai rodar de certeza, mas espero que volte porque eu gosto muito da sua entrega, e da sua qualidade de jogo...

Roderick - Parece um veterano a jogar, jogar de cabeça levantada para um central é para poucos, chega a parecer arrogante, necessita de manter a humildade, e será titular do Benfica dentro de pouco tempo. O falado empréstimo ao Rio Ave parece ser uma boa opção...



Maxi - Na época anterior foi na minha opinião o melhor jogador da equipa, este ano com a subida de rendimento de todo o plantel passou mais despercebido, mas mesmo assim atingiu um nível muito bom. A lesão da pré-época prejudicou-lhe bastante, levou algum tempo a recuperar a forma, as constantes viagens à América do Sul não ajudaram, mas voltou em várias ocasiões a ser o Maratonista da equipa, fazendo piscinas atrás de piscinas no flanco direito. Com o Di Maria na esquerda o Maxi acaba por ser muitas vezes o nosso extremo direito, o Ramires, e o Amorim até podem defensivamente 'cobrir' a ausência do Maxi, mas ofensivamente no plantel não temos mais nenhum defesa-direito que possa dar a profundidade ofensiva que o Tractor do Uruguai nos dá...

Luís Filipe - Jogou somente alguns minutos contra os Corruptos, e até esteve bem !!! Para dispensar...




Peixoto - Outra surpresa !!! Fiquei preocupado com a sua contratação, mas acabou por ser importante em alguns jogos. Foi um dos jogadores fustigados por problemas físicos (genético), e apesar de alguma lentidão, foi uma boa solução. Não me parece ser uma solução para titular, mas pode tapar 'buracos'...

Coentrão - A revelação da época. O jogador preguiçoso, indolente, indisciplinado, que faltava a treinos(no Rio Ave), desapareceu, e nasceu o melhor defesa esquerdo Português da actualidade, e dos próximos anos. Começou por ser o substituto do Di Maria para os últimos minutos, mas devido às lesões do Peixoto, e às insuficiências do Shaffer, foi obrigado a recuar para a defesa, graças a Deus(Jesus)!!!
Melhorou muito na cobertura defensiva durante a época, já não entra à 'queima' em zonas proibidas, ainda necessita de melhorar nas compensações aos centrais, na marcação à zona, além de um pouco mais de calma nas subidas, principalmente quando a equipa está a ganhar, não se deve abrir espaços na defesa desnecessários...
Alguns defendem que o Coentrão pode ser uma alternativa à saída do Di Maria, eu discordo !!! Por incrível que pareça ao Fábio falta-lhe energia, falta-lhe egoísmo, neste momento o Coentrão é demasiado 'colectivo' para ser o desequilibrador da equipa, o futuro do Fábio é o lugar de defesa esquerdo.
Shaffer - Muitas dificuldades a defender, mau posicionamento, e pouca velocidade. Sabe cruzar, mas isso é muito pouco...
Javi Garcia - O Muro Castelhano. Extraordinária disciplina táctica, simplicidade no passe, inultrapassável no confronto físico, mesmo com a contenção necessária para não ser expulso em todos os jogos!!! Merecia ter sido convocado para o Mundial, espero que não perca a motivação, a maneira como festejou o titulo assim indica...
Obrigado Real Madrid !!!

Airton - A grande contratação de Janeiro. Mesmo jogando pouco tempo, já é uma certeza do plantel, impressionaste eficácia de passe, e maturidade...

Ruben Amorim - Merece todos os elogios, a competência, a entrega, a polivalência, corre sérios riscos de dentro de pouco tempo ser o Capitão da equipa...
A ausência do Mundial é uma crueldade Queirosiana!!!
Apesar da competência como defesa-direito espero que no futuro seja usado no meio-campo...

Ramires - Uma das grandes contracções da época, passa despercebido em muitos jogos, mas a maneira como recupera bolas, e ao mesmo tempo assiste os colegas ou aparece em zona de remate, faz do Queniano um jogador fundamental. É um dos principais responsáveis pela pressão alta, e ainda leva porrada a um ritmo impressionaste, sem se lesionar...!!!
Apesar de ser titular da selecção Brasileira, é desconsiderado pelos anti-Benfica, e nas analises de final de época quase não foi mencionado.
E ainda por cima é um 'ganhador', é daqueles atletas que detesta perder, um verdadeiro jogador à Benfica...
Filipe Menezes - Parecia ser uma das 'armas' secretas, mas com o passar da época, deixou de ser opção...
Além da adaptação a Portugal, foi 'obrigado' a jogar noutra posição, estava habituado a jogar a segundo ponta de lança, mas o Jesus quer utilizá-lo no meio-campo.
Honestamente não me parece um jogador que faça a diferença...

Di Maria - Para muitos o grande jogador do Campeonato, a evolução em relação à época passada foi extraordinária. Muitíssimo mais objectivo, com muitas assistências, teve uma primeira volta devastadora, baixou um pouco de forma a meio da época, foi um dos jogadores mais utilizados, com a passagem do Coentrão para defesa, deixou de ser substituído, portanto jogou quase sempre os 90 minutos, e ressentiu-se da sobrecarga de jogos...
Vai ser titular na Selecção, e é o jogador mais apetecido no mercado, pessoalmente acho que será o jogador que mais dificilmente será substituído no plantel, o Gaitán parece-me mais 'tímido'...

Urreta - Um jogo, e que jogo !!! Substitui o Di Maria no jogo contra os Corruptos, e teve impecável...
Também não me parece ser o substituto do Di !!! É rápido mais falta-lhe drible, remata bem, centra bem, mas não consegue colar a bola ao pé !!! Mas é jogador para ficar no plantel...

Carlos Martins - Outro dos injustiçados !!! Lesionou-se no primeiro jogo oficial da época, parecia que ia ser mais uma época repleta de lesões, mas quando voltou a jogar, foi de extrema importância. Chegou a ganhar a titularidade ao Aimar, com menos 'rodriguinhos' no passe, mais colectivo, do que em anos anteriores, e nunca perdeu a cabeça, foi essencial na conquista da Liga...

Aimar - É um privilégio ter o Pablo vestido com o 10 do Benfica !!! Um senhor em campo, e um senhor fora de campo, que mesmo com a palavra 'frágil' escrita na camisola, ofereceu a todos os amantes de futebol momentos magníficos. Foi obrigado a algumas paragens, mas regressou sempre em grande, e acabou a época a fazer praticamente 90 minutos em vários jogos.
Obrigado Pablo...
Éder Luís - O jogador com mais dificuldades de adaptação. Marcou um golo em Matosinhos, mas de resto fez muito pouco, é verdade que teve poucas oportunidades, mas também não mereceu mais...
As decisões nem sempre são fáceis, nestes casos existe a tendência em quem apostou na sua contratação, em demonstrar alguma teimosia, mas eu não acredito no sucesso do Éder no Benfica!!! Não usa o corpo para proteger a bola, apesar de ser rápido, em espaços apertados, com a bola à 'mostra' acaba por ser presa fácil para os defesas...
Nuno Gomes - Jogou pouco, mas foi muito importante no balneário, mesmo assim ainda marcou alguns golos importantes, além de continuar a ser muito inteligente nas assistências.
Vai fazer provavelmente a última época, e merece uma 'despedida' em grande, mesmo sendo um dos jogadores com mais golos na história do clube, foi sempre um mal amado por muitos adeptos, se calhar os mesmos adeptos ainda vão 'chorar' a sua ausência !!!

Saviola - Mais uma vez: Obrigado Real Madrid !!! Já não tem a velocidade do início de carreira, mas é um futebolista fenomenal, as combinações com o Aimar são superlativas...
Só se lesionou no final da época, e a ausência foi sentida, extremamente inteligente com bola, e sem bola, vai ser recordado como um dos melhores de sempre na história do SL Benfica...

Kardec - Entrou na história do Benfica com o golo em Marselha, demonstrou uma tremenda contenção no Algarve na Final Taça da Liga, quando foi chamado deu sempre tudo, nota-se que tem um excelente 'faro' para o jogo no ar, mas na áerea ainda não me provou ser o matador que o Benfica necessita. É jovem, tem potencial, teve poucas oportunidades, por agora fica no plantel, mas...

Weldon - Começou com a 'força' toda, mas depressa se lesionou, regressou em grande no famoso jogo com os Corruptos, com uma segunda parte magnifica, os problemas físicos não o largaram, entrou mal no jogo com os Pasteis, mas deixou o melhor para o final da época !!! Decisivo na conquista do titulo com os golos na Figueira, e em Coimbra. A sua posição natural é a do Saviola, mas não foi por acaso que marcou quase todos os golos nos jogos fora de casa, na Luz com menos espaço para jogar tem mais dificuldades, mas pode ser muito útil quando for necessário velocidade no contra-ataque...

Cardozo - Inacreditável como continua a ser mal visto por muitos Benfiqusitas, é um jogador que tem caracteristicas especiais, um jogador mais rápido no lugar dele se calhar marcava alguns golos que o Cardozo não consegue marcar, mas se calhar os golos que o Cardozo marca dificilmente seriam marcados por outro jogador !!!
Se ficar no Benfica mais algumas épocas, arrisco que poderá ser o melhor marcador da história do Benfica(eu sei que é difícil, mas pelos menos em segundo...)!!!
Além dos golos, correu quilometros, a pressão normalmente começava por ele, houve jogos onde o Cardozo foi o jogador que mais correu !!! Só marcou um golo de livre directo na Liga, e ainda falhou 4 penalty's, que custaram 4 pontos !!! Acabaram por não ser decisivos, mas...
Continua a levar porrada impunemente, melhorou muito as suas movimentações dentro da áera, as desmarcações ao segundo poste, passaram a ser uma 'imagem' de marca, com muito sucesso.
Por causa da idade, penso que será o único jogador que a Direcção poderá facilitar a saída...
Kerrison - Um erro de casting...!!!