Últimas indefectivações

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Roberto e vergonha

"Diz-se que o primeiro grande guarda-redes do Benfica respondia pelo nome de Chiquinho. Foi há tantos anos, numa espécie de Idade da Pedra da bola lusitana, que já são escassas as referências. Só que desde meados do século passado, a memória regista um desfile de excelentes guarda-redes. José Bastos, Costa Pereira, José Henrique, Bento, Silvino, Neno, Preud'homme, Enke, Quim...
Esta temporada, altamente credenciado, o espanhol Roberto chegou à Luz, acompanhado pela convicção de que o Benfica havia garantido um excelente guardião para esta e as próximas temporadas. Tratou-se mesmo de um investimento avultado, motivo forte para legitimar todo o rigor do negócio. A adaptação não foi a melhor, Roberto transmitiu algumas dúvidas, se calhar muitas dúvidas.
Ainda assim, a campanha que lhe foi movida teve foros de crueldade, valendo mesmo a lamentável cumplicidade, de resto altissonante, de alguns benfiquistas.
E agora? E depois dos últimos encontros, ainda que estas linhas estejam a ser escritas antes do embate de Israel? Não tem sido Roberto a primeira garantia de segurança defensiva do conjunto? Não há razões para acreditar que um jogador tão jovem tem todas as condições para se impor, sem reservas, na defesa das redes vermelhas?
Houve quem tentasse destruir o guarda-redes espanhol. As suas últimas prestações talvez não destruam os seus detractores. É que, infelizmente, a vergonha não mata."
João Malheiro, in O Benfica

1 comentário:

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