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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Os JO desde do Alentejo (I)

"Sempre que posso tenho acompanhado, no Alto Alentejo, os Jogos Olímpicos na - para mim - mais bela cidade do Mundo. E com a enorme vantagem do mesmo fuso horário. Do que já vi, escrevinho nesta semana apontamentos do que mais me impressionou ou surpreendeu. Tenho presente a notável asserção de Virgílio Ferreira: «o importante não é o que acontece em nós desse acontecer.»
1 - A até agora sofrível representação nacional, se exceptuarmos o ténis de mesa, o 7.º lugar da maratonista Jéssica Augusto e, sobretudo, o magnífico 5.º lugar no double scull com Pedro Fraga e Nuno Mendes. Aqui se pode dizer, quase literalmente, que remaram contra a maré.
2 - O notável jogo de basquetebol entre os Estados Unidos e a Nigéria, onde se marcaram 229 pontos (uma média de 10,48 segundos por ponto dos 156 americanos e os não excepcionais 73 dos africanos!).
3 - O desinteresse de uma modalidade que destoa nos JO: o sacrossanto futebol. A Espanha bicampeã europeia e mundial não marcou nenhum golo contra o Japão, Honduras e Marrocos! Umas meias-finais que além do Brasil tiveram o Japão, a Coreia do Sul e o México. Curioso haver futebol e não râguebi nos JO...
4 - As belíssimas jornadas de ginástica, sobretudo feminina, agora aparentemente com menos crianças exploradas e escravizadas até à alma.
5 - A ausência de transmissão televisiva (pelo menos do que pude observar) de desportos que raramente há a oportunidades de ver fora dos JO. Refiro-me, em particular, ao hóquei em campo. Uma pena, como pena é a sua fossilização em Portugal desde os tempos do quase sempre campeão Ramaldense."

Bagão Félix, in A Bola

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