Últimas indefectivações

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Bati no fundo como adepto

"Imagino ter festejado o segundo golo contra o Gil Vicente, num jogo em casa, contra um modesto adversário, como o meu Pai festejou a vitória por 5-3 contra o Real Madrid na Final da Taça dos Campeões Europeus. Domingo passado Lima foi o meu Eusébio e Markovic o meu Coluna. Eu sei que é muito mau sinal. Não nego as evidências mas de facto foi assim.
O Benfica não pode passar por estes sufocos. No entanto há duas coisas que me distinguem dos insuportáveis comentadores do politicamente correcto: primeiro gosto de ver jogadores zangados quando perdem, gosto até de ver que estão descontrolados e fazem asneiras próprias de quem queria muito ganhar. Eu não culpo Cardozo de nada. Ele, como eu, queria ganhar a Taça de Portugal e por ter perdido fez asneiras em claro descontrolo. Irritava-me mais ver jogadores a rir depois de perder.
Segundo, gostei de ver a forma como se festejou a vitória contra o Gil Vicente, havia chama, havia alma, havia autenticidade nos festejos. Eles (jogadores), como nós (adeptos) querem ganhar. Isso cria união e afectividade. Não houve exagero nos festejos do passado domingo, houve sentimento, por muito que alguns funcionários de clubes que comentam tenham ficado com muita azia. É assim que gosto, é assim que quero. 
O sorteio da Liga dos campeões é uma oportunidade para ajuste de contas. Ao Benfica saiu em sorte um Olympiakos que nos goleou há poucos anos e do qual poderemos obter desforra. O histórico Anderlecht com quem temos a velha final de 83 atravessada. Do poderoso Paris Saint-Germain é uma oportunidade para a minha filha se vingar do pai, porque há dois anos me pede para ir a Paris!
Desportivamente será muito difícil o jogo de Paris, vamo-nos ver gregos em Atenas, sendo Bruxelas o chocolate mais doce deste sorteio."

Sílvio Cervan, in A Bola

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