Últimas indefectivações

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Coroas e Caras

"O passado fim-de-semana poderia ser evocado, simultaneamente, como paradigma do que de melhor e de pior tem para oferecer o Desporto nacional.
Do lado positivo, é de sublinhar o triunfo de Rui Costa em Florença, colocando-o na esteia de Agostinho como figura cimeira da nossa velocipedia. Quando, em 2008, saiu do Benfica para abraçar uma carreira internacional, poucos imaginariam que chegasse tão longe. Hoje é Campeão do Mundo com todo o mérito.
Também João Sousa brilhou além-fronteiras, com uma conquista inédita para o Ténis luso. Ambos simbolizam o que de melhor existe neste País desportivo.
Lamentavelmente, o Futebol intra-muros não podia oferecer uma imagem mais contrastante com a que nos chega de tão cintilantes palcos. Arbitragens miseráveis, resultados falseados, anti-jogo, e uma terrível sensação de déjà-vu.
É verdade que o Benfica, frente ao Belenenses, não esteve ao seu melhor nível. Mas o FC Porto, no seu compromisso doméstico, também não. A diferença é simples: nós vimos um fiscal-de-linha oferecer um golo ao adversário, enquanto o nosso rival nortenho viu Pedro Proença regalar-lhe uma grande penalidade providencial.
Contas feitas, temos, à 6.ª jornada, dois penáltis por marcar sobre Lima (no Funchal e em Guimarães), um sobre Cardozo (em Alvalade), e sofremos dois golos irregulares (em Alvalade e frente ao Belenenses). O FC Porto, por seu turno, venceu o V. Guimarães com um penálti inexistente (coisa que já ocorrera em Setúbal), e o P. Ferreira com um golo ilegal. Ao Benfica, os homens de negro subtraíram cinco pontos. Ao FC Porto acrescentaram quatro - já descontando o penálti da Amoreira. Tudo somado, eis uma enorme mentira na tabela classificativa.
Também não posso deixar de passar a pouco edificante atitude desportiva do Belenenses ao longo da partida da Luz, que de forma alguma homenageou o seu convalescente treinador. Tácticas defensivas são legítimas. Simulações e constante queima de tempo são 'chico-espertices' que só a falta de categoria dos árbitros tornam possíveis."

Luís Fialho, in O Benfica

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