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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A grandeza de Eusébio

"No meio do alarido destinado a que o jogo FC Porto-Marítimo das meias-finais da Taça da Liga deu origem, é bom verificar que ainda há uma voz autorizada como a de Vítor Serpa que (vd. editorial do dia 6) dá testemunho de bom-senso e isenção e procura, num exercício de profilaxia, declarar e demonstrar que o rei vai nu e que o fundamento para a contestação não tem pés nem cabeça. O facto da Liga dar andamento ao processo só a desacredita.
1. Todos sabíamos que Eusébio foi um dos maiores futebolistas de todos os tempos, mas talvez alguns ignorassem que a sua auréola havia alcançado uma dimensão tão planetária. Dois exemplos: no museu do estádio de San Siro, em Milão, foi-lhe dedicada a primeira exposição de 2014, constituída por troféus e objectos históricos que marcaram a sua carreira, incluindo a camisola do jogo contra a Coreia no Mundial de 1966, em Inglaterra, no qual marcou quatro golos, além dos programas oficiais e bilhetes autografados das finais das Taças dos Clubes Campeões de 1963 3 1965, respectivamente em Londres (Milan) e Milão (Inter). Mais extraordinário, porém, foi o artigo que, sob o título Grandeza sem arrogância, o jornal do Vaticano L'Osservatore Romano lhe devotou, ilustrado por uma foto que correu mundo na qual se vê o Pantera Negra em posição acrobática perfeitamente sincronizada, todo no ar, a disparar de pé esquerdo um remate fulminante para golo. Ali são exaltadas a sua fidelidade a um só clube (o Benfica), a sua recusa em deixar-se instrumentalizar na guerra colonial com Moçambique (onde nasceu), a sua simplicidade e, por fim, a classe portentosa.
2. Finalmente , a FIFA decidiu levar à próxima reunião da International Board, no dia 1 de Março em Zurique, alguns dos problemas mais quentes com que hoje o futebol se defronta: a entrada em campo do video-replay (moviola); a expulsão temporária de jogadores faltosos; a abolição da tripla sanção (expulsão, penalty e castigo ao infractor) e a sua substituição por penalty e advertência. Para início de conversa já é salutar."

Manuel Martins de Sá, in A Bola

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