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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

À moda da FIFA

"As nomeações da FIFA valem o que valem. Estão, aliás, ao nível da própria instituição, presidida por uma personagem típica dos filmes série B, que por sua vez está ao nível da UEFA de Platini (outro que tal), o que expressa bem o panorama futebolístico internacional – aparentemente ainda mais desprezível do que aquele que vemos no nosso país, para mal dos pecados de uma modalidade que não tem culpa de ser tão sedutora para milhões de adeptos em todo o mundo.
Ainda assim, as injustiças cometidas não podem deixar de ser denunciadas. E a ausência de Jorge Jesus da lista de dez treinadores escolhidos para a eleição anual é uma delas. Relembremos os nomeados: Ancelotti, Conte, Guardiola, Klinsmann, Low, Pellegrini, Sabella, Simeone, Mourinho e Van Gaal.
Não há dúvida de se tratar de um lote de elevado nível. Mas se as presenças de Ancelotti (campeão europeu), Low (campeão mundial), Simeone (campeão espanhol), Pellegrini (campeão inglês), Guardiola (campeão alemão) e Conte (campeão italiano) parecem pacíficas, já os restantes nomes não mostraram nada de relevo em 2014. Van Gaal, enfim, ainda chegou às meias-finais de um Mundial com a sua Holanda. Sabella foi levado até à final da mesma prova pelo talento individual que tinha à disposição. Mas Mourinho, nas várias competições em que a sua equipa esteve envolvida, nem a uma final chegou. E Klinsmann (o maior dos mistérios,) só alguns saberão tratar-se do seleccionador dos EUA - que passaram com honra, mas sem glória, pelo Mundial do Brasil.
Jorge Jesus, vencedor do Campeonato, da Taça de Portugal, da Taça da Liga, da Supertaça, e finalista da Liga Europa (onde foi derrotado por um árbitro alemão, e pela infelicidade nos penáltis), ficou esquecido. 
Este tipo de prémio poderia até ser interessante. Peca, porém, pela obscuridade dos critérios. Serão os títulos? Seguramente não. Será a qualidade do futebol? Não parece. Será o mediatismo? Talvez. Questões relacionadas com patrocinadores? Provavelmente. A ser assim, é melhor não haver nada."

Luís Fialho, in O Benfica

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