Últimas indefectivações

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Falhar duas vezes no mesmo clássico

"Bem sei que no final de um jogo de tamanha importância, como no de domingo, não é fácil conseguir que depois fale mais a razão do que o coração, mas Julen Lopetegui poderia, e deveria, ter evitado aquele episódio com Jesus à entrada do túnel do Estádio da Luz. Este clássico aconteceu, todo ele, num clima de respeito e tranquilidade que não é frequente observamos nos jogos entre Benfica e FC Porto, principalmente nestes mais próximos do final da época e decisivos para a conquista de títulos ou troféus. Os dirigentes não se atacaram antes do jogo, mas conferências os treinadores também se esforçaram por contornar temas polémicos, no campo os jogadores foram agressivos mas leais, e acabaram, muitos deles, abraçados no final do desafio e a trocar camisolas; nem sequer surgiram os incontornáveis casos de arbitragem a estragar o ambiente saudável entre dois grandes clubes e duas grandes equipas.
Surgiu, sim, um Lopetegui a tentar conter a fúria de não ter conseguido vencer o Benfica e provavelmente ter perdido ali o campeonato, com um sorriso amarelo, a fazer das tripas coração para não ser ainda mais deselegante do que foi com Jorge Jesus. E olhem que se há treinador que no saber estar não pode servir de modelo é mesmo o de Benfica, que, por exemplo, já empurrou um polícia em campo num jogo em Guimarães, que em Londres provocou tanto o treinador do Tottenham que por pouco não houve estalada.
Mas, no domingo, Jesus foi provocado e o provocador foi mesmo o mesmo basco que em Munique, depois de esmagado pelo Bayern, colocou em causa os profissionais presentes na conferência de imprensa, insinuando que muitos deles desejavam que o FC Porto não se levantasse. A meu ver o FC Porto abana mas não cai, porque tem qualidade e uma alma tremenda. E que ainda não vi em Lopetegui."

Nélson Feiteirona, in A Bola

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