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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Jogar para o Ó-Ó

" «Atacámos como tínhamos de atacar. Infelizmente não marcámos nas oportunidades que criámos, algumas muito claras».
Lopetegui, treinador do FC Porto, a seguir ao 0-0 na Luz

Marca-se um golo a cada quatro oportunidades no futebol. É uma conta subjectiva, porque não há objectividade na definição do que é uma oportunidade de golo ou um remate perigoso, mas parece-me ter correspondência na realidade do futebol português, até nas provas europeias, onde a qualidade dos jogadores poderia, admita-se, aumentar o aproveitamento de 25 por cento para uns 30 ou 35...
Seja como for, tenho esse número como bom. Diria que um jogo com sete ou oito oportunidades de golo para uma equipa a três ou quatro para a outra tem uma forte possibilidade de acabar 2-0 ou 2-1. Qualquer jogo em que ambas as equipas andem perto do golo menos que quatro vezes pode bem acabar 0-0 (ou no caso do Benfica-FC Porto de domingo, Ó-Ó).
Foi, claro, o que aconteceu na Luz. E não importa quem teve mais oportunidades (eu só via duas, curiosamente quase iguais, por Jackson e Fejsa). Ter duas ocasiões de golo contra uma é ter o dobro das oportunidades mas a probabilidade disso se traduzir no resultado é bem diferente de quando se tem oito contra quatro. A história não difere muito do Sporting-Benfica desta segunda volta da Liga - Marco Silva, como Lopetegui agora, achou erradamente que o Sporting fez muito mais que os encarnados. Por acaso o jogo acabou 1-1, mas com o que se jogou devia ter acabado 0-0 (Ó-Ó).
O Benfica pôde, pela vantagem acumulada, jogar para o 0-0 (Ó-Ó) perante os dois grandes rivais. Na Luz acertou em cheio. Em Alvalade falhou nos números mas foi exemplar no sono que provocou."

Hugo Vasconcelos, in A Bola

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