Últimas indefectivações

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Ao rubro

"Como se esperava, o Benfica conquistou mesmo o bicampeonato. Parabéns! Sem mas nem meios mas. Não faz sentido perorar sobre mantos. Ou prantos. Nem recorrer a dialéctica estéril para dissertar sobre se foi o Benfica quem ganhou ou o FC Porto quem perdeu. A resposta é impossível porque a pergunta também o é. A realidade é só uma. Há sempre um vencedor e um derrotado. Comecemos, portanto, por dedicar a nossa atenção ao triunfador.
O primeiro ponto a assinalar é que se trata do terceiro título em seis anos. E se não fora aquele milagre operado por Kelvin as águias estariam agora a celebrar o tri (e, portanto, o quarto título na últimas seis temporadas.) O segundo destaque vai para a circunstância de os encarnados terem sido líderes isolados desde a 5.ª jornada. Sendo suposto o campeonato ser uma prova de regularidade, convenhamos que não está mal... A terceira menção destina-se a enfatizar o mérito esclarecido e a tranquila estabilidade decorrentes de uma liderança responsável, capaz de inverter uma trajectória negativa que parecia irreversível. A quarta nota sublinha a circunstância de o clube ter perdido, da anterior temporada para a presente, jogadores como Oblak, Garay, Sequeira, Enzo, André Gomes, Rodrigo, Cardozo. Quase uma equipa inteira! Imagine-se o que seria um plantel, qualquer plantel, receber de uma vez só um leque de atletas como os citados. Aliás, um dos maiores méritos do técnico benfiquista residiu na capacidade de ir inventando soluções umas atrás de outras. Se não estou em erro, apenas Luisão fez parte das três formações vitoriosas.
Finalmente, há ainda que lembrar que o Benfica venceu também os campeonatos de hóquei e voleibol. E o de basket está quase. Não pode ser só coincidência..."

Paulo Teixeira da Cunha, in A Bola

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