Últimas indefectivações

domingo, 24 de maio de 2015

Vitórias e património

"1. A boa organização defensiva, o talento de Salvio e Gaitán, a cumplicidade entre Jonas e Lima e acima de tudo, a competência de Jorge Jesus permitiram ao Benfica sagrar-se campeão nacional com todo o mérito. É óbvio que outros factores contribuíram para que os encarnados erguessem o troféu pela segunda vez consecutiva. As más opções de Julen Lopetegui em momentos-chave da época, desbaratando a inquestionável vantagem de dispor de um plantel com melhor qualidade individual, e a recorrente dificuldade do Sporting em investir na equipa de futebol, e colocar-se no mesmo patamar dos rivais na discussão do título, revelaram-se também de extrema importância para o desfecho da temporada 2014/15, mas não foram essenciais. No que às questões endógenas diz respeito, afinal aquelas que o Benfica tem possibilidade de controlar, como o passado recente assim o demonstra, nada está ainda tratado para fazer perdurar algumas das mais-valias que estiveram na base de novo sucesso. Apesar de o início da nova temporada estar longe, o panorama não se revela, neste domínio, nada animador para os encarnados e para a pretensão destes em alcançar a hegemonia no futebol português. O problema principal é, sem dúvida, o da continuidade do treinador. Ao fazer finca-pé em baixar o salário de Jorge Jesus, em nome do legítimo desígnio da estabilidade financeira, o Benfica corre o risco de perder alguém pura e simplesmente insubstituível nesta conjuntura. Mas também no onze titular estão de saída jogadores para os quais não existem alternativas credíveis. Maxi Pereira, Salvio e Gaitán, artífices do bicampeonato, só terão opções à altura com um investimento brutal, que o Benfica não só está impossibilitado de fazer como até seria um contrassenso face aos argumentos expostos. No ataque, por seu turno, as águias deparam-se com uma questão diferente. Lima, que já terá 32 anos, e Jonas, com 31, podem não garantir o mesmo ritmo e eficácia na nova época...
2. Luís Figo lançou a candidatura à presidência da FIFA e desistiu, a pouco mais de uma semana do ato eleitoral, ao perceber que não tinha quaisquer hipóteses de ganhar. Foi mais um erro que o antigo craque português cometeu fora de campo..."

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