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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Assim, a bola acaba por entrar

"O montante envolvido no contrato assinado entre o Benfica e a NOS é uma pedrada no charco dos direitos televisivos do futebol português. Oxalá estes novos parâmetros possam balizar os dividendos futuros dos restantes clubes, criando uma aproximação àquilo que já era tido como razoável pelos arautos da centralização (que, pelos vistos, Deus tem...).
O Benfica vai chegar, em 2016, à meta de 40 milhões de euros por temporada que tinha há pelo menos dois anos como objectivo; não foi um caminho fácil, mas acabou por sair premiada a ousadia de Luís Filipe Vieira que correu riscos, foi inovador a nível mundial, e acabou por chegar onde queria. O momento em que o Benfica decidiu ser dono do próprio destino, convertendo a BTV num recurso estratégico inestimável, deve ficar gravado na memória do dirigismo desportivo. Ao fazê-lo, os encarnados levaram o jogo para o patamar da independência, e foi desse ponto que puderam negociar com a NOS o contrato que hoje faz sensação.
Muita água correu debaixo das pontes desde que Luís Filipe Vieira chegou ao Benfica. Como o clube estava e onde chegou está à vista de todos e não valerá a pena enumerar todos os feitos do presidente encarnado. Mas há uma dimensão que me parece da mais elementar justiça trazer a estas linhas: mais do que a sagacidade negocial, estou a falar da capacidade de reinvenção, na procura constante de soluções estruturantes. Sem BES e sem PT, entram em campo a Emirates e a NOS, tradução do vigor de um clube que continua no caminho da responsabilidade. Cumprido este desígnio, mais tarde ou mais cedo, a bola acaba sempre por entrar..."

José Manuel Delgado, in A Bola

2 comentários:

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