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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Futebol português não tem liderança

"Há um problema muito grave de liderança no futebol profissional em Portugal. Não é só um problema pessoal de Pedro Proença, mas um problema estrutural.
A verdade é que depois do 25 de Abril, o FC Porto conquistou o poder desportivo e o poder político do futebol profissional em Portugal. Vieira teve, depois, o enorme mérito de trazer o Benfica de um tempo de degradação desportiva e de personalidade, tornando o futebol nacional bicéfalo. Agora, Bruno de Carvalho trava uma luta sem misericórdia a quem se lhe opõe para trazer o Sporting para o patamar daqueles que mandam e influenciam o futebol profissional de Portugal.
Neste quadro, e perante uma plateia pouco activa e nada esclarecida de presidentes que, acomodados, se acobertam sob o chapéu de chuva dos grandes clubes e dos seus líderes, a Liga tem apenas uma existência funcional e administrativa.
Daí que nenhum dos médios ou dos pequenos clubes do desequilibrado futebol português estivesse, de facto, preparado para a grande explosão dos valores dos novos contratos dos direitos televisivos. É verdade que o Benfica foi a referência, que o FC Porto e o Sporting souberam apanhar a boleia, mas a inexistência de um sindicato de pequenos e médios clubes proporciona o verdadeiro negócio das operadoras, que poderão ter os jogos dos grandes, fora de casa, a preços de saldo. Será esse o seu negócio, para desespero e impotência da maioria dos clubes e da sua ineficaz Liga.
Já agora, como será possível, no meio deste salve-se quem puder, garantir a subsistência dos pobres clubes da nossa Segunda Liga?"

Vítor Serpa, in A Bola

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