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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Falta ou simulação?

"Há muito que está instalado o conflito entre os diversos agentes sobre a arbitragem dos jogos de futebol. A maioria pensa que os erros de arbitragem prejudicam mais a sua equipa do que a modalidade em si mesmo. A proporção deve ser sensivelmente a mesma que existe entre os que se preocupam em melhorar a arbitragem e os que apenas criticam as decisões dos árbitros.
A confiança e credibilidade do sistema passa pela qualidade do trabalho da equipa de arbitragem. Este é o ponto chave, saber como se minimizam os erros. Nunca vi um bom jogo de futebol com uma péssima arbitragem. Para assistirmos a um bom jogo são necessárias 3 boas equipas.
A arbitragem é decisiva para o sucesso de uma competição. Não é com campos inclinados que valorizamos a Liga, mas também não é com um ataque cerrado aos árbitros que se credibiliza o futebol. Temos todos de pensar em corrigir os erros que se têm cometido nestes últimos tempos. Claro que também existem decisões acertadas, que importa reforçar, mas os lapsos têm sido qualitativamente importantes, e por isso abafam as boas decisões.
Os árbitros erram em todas as jornadas. Como erram todos os outros intervenientes. Contudo, em relação aos árbitros não existe um clima de confiança. Entende-se logo que o erro foi premeditado. Não há margem para dúvidas. Mas o árbitro é culpado quando é enganado por uma simulação? Quantas vezes os treinadores são enganados nos treinos com situações idênticas...
A credibilização passa também por punir todos os outros agentes, sejam jogadores, treinadores ou dirigentes, pelos seus comportamentos. Uma simulação vale um erro do árbitro e um prémio para o seu autor. Temos de corrigir esta postura. As regras, como o acesso ao vídeo, só são alteradas pela FIFA e pelo International Board, mas podemos internamente melhorar comportamentos."

José Couceiro, in A Bola

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