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terça-feira, 22 de março de 2016

Prémio prestigioso, adeus ao paraíso

"1. Na última semana, Paulo Sousa viveu emoções antagónicas. Por um lado, a desilusão de dois comprometedores empates da sua Fiorentina (ambos a zero), um contra o lanterna vermelha Verona e outro contra o Frosione, que luta pela sobrevivência. Um addio precoce à antecâmara do paraíso que seria o terceiro lugar, que garante o acesso ao play-off de qualificação para a Liga dos Campeões. Por outro lado, o orgulho de ver reconhecido o mérito do seu trabalho na condução do conjunto viola com o Prémio Gaetano Scirea. Um galardão cuja divisa é justamente «lealdade e correcção desportiva», duas das qualidades que melhor caracterizaram o respectivo patrono. Como muitos se recordarão, Scirea (que representou e capitaneou a Juventus e a squadra azzurra durante 14 épocas) faleceu tragicamente em Setembro de 1989 num acidente rodoviário em Gornik, na Polónia, onde se deslocara, como vice de Dino Zoff, para visionar a equipa local, adversária da vecchia signora na Taça UEFA. Não é uma distinção qualquer, até pela motivação que a justifica: «Sinceridade e seriedade». Basta referir que em 25 edições, o troféu só uma única vez foi atribuído a outro estrangeiro, neste caso a Javier Zenetti, um argentino transplantado em Itália há 20 anos, sempre ao serviço do Inter de Milão.

2. O quadro económico-financeiro da Série A é grave e tende a piorar. As preocupações maiores residem na falta de liquidez e na escassa diversificação das fontes de receita, em 60 por cento dependente dos direitos televisivos. Tendo em conta que cada um dos 20 clubes encaixa, no mínimo, 40 milhões de euros, só a má gestão dos recursos pode explicar a crise. A continuar assim, o exemplo da falência do Parma vai seguramente repetir-se."

Manuel Martins de Sá, in A Bola

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