Últimas indefectivações

sábado, 30 de abril de 2016

Tetracampeãs

A nossa equipa feminina de Rugby de Sevens, conquistou hoje o tetracampeonato ao vencer o Lifeshaker por 39-0 e o Tondela por 34-0, a Agrária de Coimbra por 33-0 e na Final o Sporting por 36-5 !

Esperança...

Braga B 0 - 2 Benfica B
Digui, Semedo


Continuamos na luta, neste momento estamos acima da linha de água, mas existem muitas equipas com 52 pontos...
Na próxima jornada vamos jogar novamente fora com os Corruptos B (se ganharem amanhã serão matematicamente Campeões), e na última jornada recebemos o Freamunde... Equipas complicadas, mas temos que pontuar...


Meias-finais...

Lusitânia 62 - 84 Benfica
(20-22, 14-26, 11-18, 17-17 )

Obrigação cumprida, naquele que provavelmente foi o jogo mais 'fácil' dos três...!!!

PS: Parabéns aos nossos jovens, que na Proliga venceram o Sangalhos por 67-56, garantido um lugar nas Meias-finais...

Ressaca positiva...

Modicus 1 - 3 Benfica

As ressacas Europeias são sempre difíceis, começamos a perder, estávamos com dificuldade em conseguir espaço junto da área adversária... mas o início eficaz, após o intervalo, alterou tudo!
Quando o Modicus arriscou o 5x4 matámos o jogo...

É tema recorrente, mas existem erros e erros de arbitragem, hoje um jogador do Modicus que 'defendeu' a bola com a Mão, dentro da área, com o Benfica a perder 0-1... e em vez de penalty e expulsão, deram Canto!!! Poucos minutos antes, numa jogada iniciada pelo Ré, e finalizada pelo Patias, existem 3 faltas, nenhuma foi assinalada... e a 5 minutos do fim da 1.ª parte, o Benfica já estava 'tapado' por faltas, enquanto o Modicus acabou com 3...!!!

Tristes lamentos

"E, finalmente, o Benfica viu um jogador dos seus ser expulso, aliás bastante injustamente, porque André Almeida não encostou o penteado ao adversário de modo a merecer a gravidade de um cartão amarelo. O segundo amarelo, note-se bem. O primeiro foi justíssimo. André Almeida não vai jogar, assim, o próximo jogo. Ontem, com o resultado naquele tangencial 1-0 o que é já a imagem de marca do Benfica nesta ponta final do campeonato, o impassível lateral-direito salvou por duas vezes na mesma jogada o golo que seria do empate. Faltava um pouco menos de meia hora para o fim e teria sido uma grande aflição. Obrigada, André Almeida.
O Benfica, felizmente, já não vai acabar o campeonato - seja em que lugar for - sem expulsões. E, ao contrário do que reza e grita a propaganda, uma época sem expulsões não vale um campeonato. Veja-se o que aconteceu ao Porto sem expulsões de 2000/01 que ficou no 2.° lugar, ao Sporting sem expulsões de 2003/04 que ficou no 3.º lugar, ao Benfica sem expulsões de 2008/09 que ficou em 3.º lugar e até ao Paços de Ferreira sem expulsões de 2005/06 que ficou em 11.º lugar no campeonato, a 37 pontos do campeão, o Porto.
Ontem, houve alguns lamentos vimaranenses por causa da arbitragem de Bruno Paixão que, na minha modesta e parcial opinião, consentiu alegremente na rudeza e no anti-jogo dos visitantes e distribuiu uma mão-cheia de cartões amarelos para um lado e para o outro como é seu timbre. É caso para se dizer que o extraordinário empenho posto em campo pela equipa do Vitória de Guimarães durante o jogo se prolongou para lá das quatro linhas e, consumada a derrota, fez o possível por render ainda qualquer coisinha na zona das entrevistas.
Tudo aponta para que a Inglaterra consagre um campeão surpreendente. Trata-se do Leicester, "esse colosso do futebol inglês" tal como o presidente do Sporting o classificou no início da temporada com aquele desdém irónico super-super-inteligentíssimo a que nos vem habituando todos os dias de manhã, à tarde e à noite. Também não deixa de ser verdade que ninguém exigiria a Bruno de Carvalho que provasse ao mundo as suas capacidades de prever o futuro apostando as suas preciosas fichas no Leicester no verão passado. Mas quem apostou, ganhou. Ou, melhor, arrisca-se a ganhar porque, tal como em Portugal, também em Inglaterra os campeonatos só acabam quando acabam mesmo."

Cabeçada do 33 rumo ao 35

"1. A inspiração de Carlos Tê já pôs um Jardel (SuperMário) a voar entre os centrais. Duas dezenas de anos depois desse «Não me Mintas», imortalizado pela voz de Rui Veloso, eis que outro Jardel, também a voar entre os centrais, colocou ontem o Benfica muito perto de sagrar-se tricampeão nacional, proeza que persegue há 39 anos. Com o 33 nas costas, Jardel Nivaldo Vieira, a passe açucarado de Nico Gaitán, cabeceou para o fundo das redes de Miguel Silva e o 35 que a Luz pede desde o primeiro dia ficou à distância de uma ou duas vitórias, dependendo do que o Sporting fizer hoje no Dragão. Tantas lágrimas choradas na casa encarnada por Garay e, afinal de contas, Jardel afirmou-se como esteio da equipa, prova provada de que os cemitérios estão cheios de insubstituíveis e só faz falta quem está...
2. É da lenda do Benfica que no Estádio da Luz a baliza sul é maior do que a norte. É por isso que os encarnados, tanto no velho anfiteatro quanto neste, preferem atacar para sul na segunda parte. Ontem, Jardel aproveitou-se do mito para selar, na baliza grande, a mais difícil vitória benfiquista da época, feita de sangue (de Éderson), suor e lágrimas.
3. A primeira parte do jogo de ontem, na Luz, pareceu tirada do futebol sul-americano dos anos sessenta ou setenta, com o V. Guimarães - de catenaccio montado - a procurar quebrar o ímpeto encarnado com uma série de faltas e muito antijogo. A estratégia surtiu efeito: os donos da casa, com a pressão do mundo em cima dos ombros, raramente se soltaram do garrote físico e psicológico e podiam ter hipotecado o título.
4. Quando, ao minuto 67, Paulo Hurtado, internacional peruano em 2 ocasiões, não conseguiu superar a oposição de André Almeida, salvador, em cima do risco fatal, da pátria encarnada, pode ter ficado escrita a sentença deste jogo. Em futebol não há ses, é verdade. Mas é de admitir que o Benfica iria ter muita dificuldade para reerguer-se se sofresse tal golpe. Valeu-lhe André Almeida que, em noite de escasso discernimento e menor inspiração, vestiu a capa de super-herói e salvou a honra do convento.
5. Faltam dois jogos de campeonato ao Benfica e não é preciso ser muito arguto para perceber que existe um grande défice de frescura (física e mental) na equipa de Rui Vitória. Éderson, Lindelof, Fejsa e Raúl Jiménez são os jogadores com maior reserva, heróis improváveis desta época que levou o Benfica ao patamar dos oito melhores da Champions e à porta do tricampeonato. Hoje, a partir das 18.30, ficar-se-á a saber exactamente o que falta aos encarnados para, pela 35.ª vez, envergarem as faixas de campeão. A pressão está do lado do Sporting."

José Manuel Delgado, in A Bola

Só (ou ainda...) faltam duas finais

"Referem as estatísticas que o Benfica foi mais ofensivo (37 contra 19 ataques), que rematou mais vezes à baliza adversária (16 contra quatro remates), que teve largo domínio na posse de bola (63 por cento contra 37 por cento) e, no entanto, apenas marcou um golo, contra nenhum do Vitória: fraca colheita para tamanha superioridade.
Através desse golo alcançou um triunfo precioso, embora imensamente sofrido, de aí que, ultrapassado este obstáculo chamado Vitória de Guimarães, correspondente à 32.ª jornada, não se saiba bem o que dizer em relação ao pouco que falta disputar antes do pano descer e a peça terminar. Isto é, se 'só faltam duas finais' ou se 'ainda faltam duas finais'. As duas versões fazem sentido: a primeira, mais de acordo com a equipa que tão galhardamente se bateu com o Bayern, nos dois jogos dos quartos de final de Liga dos Campeões; a segunda, mais em sintonia com a crise exibicional, e também competitiva, que se lhe seguiu, em que ao empertigamento dos opositores deixou de se registar resposta com a firmeza e a lucidez que que se impõem nesta fase terminal do Campeonato.
Desgaste físico? É discutível a teoria. Abaixamento de forma de alguns dos elementos mais utilizados? Talvez sim. Em plantel com as suas limitações em termos de alternativas eficazes é natural que, se o talento não abunda, o rendimento fique prejudicado quando a pressão aumenta; e o jogo de ontem foi bom conselheiro...
De toda a maneira, o que conta são os resultados e os pontos que deles emergem. «Sei que vou passar esta noite na liderança», afirmou Jorge Jesus há uma semana depois de ter vencido o União e antes do Rio Ave-Benfica. Agora, foi a vez de Rui Vitória adormecer tranquilo sobre a almofada de cinco pontos de vantagem. Que o clássico de hoje, no Dragão, confirmará, ou não..."

Fernando Guerra, in A Bola

Clube do regime

"Bruno de Carvalho destacou no Facebook no dia 25 de abril que o Sporting foi campeão em 1973/74. É uma velha questão, esta dos leões terem sido o primeiro campeão depois da ditadura, portanto, em liberdade, por contraponto aos alegados proteccionismos ao, nesse sentido, visto como o clube do regime, o Benfica. Um argumento recorrente entre sportinguistas mas que não faz, objectivamente, sentido.
Na verdade, nem sequer é uma ideia bem fundamentada, pois na jornada anterior à Revolução dos Cravos, a ronda de 21 de abril de 1974, o Sporting já liderava a prova. Ou seja, desde o início da época, ainda na ditadura, que o Sporting era melhor nesse ano. Prosseguindo com o exercício, o primeiro campeão em liberdade - toda ela em liberdade - foi o Benfica, vencedor em 1974/75. E em 1975/76. E em 1976/77. E o FC Porto em 1977/78. E em 1978/79. O Sporting só venceria uma liga pós-ditadura em 1979/80, seis anos depois da revolução. E mais: «As décadas de 40 e 50 foram as de maior apogeu do Estado Novo» (em Futebol Português - Política, género e movimento, livro coordenado por Nuno Domingos e Nina Clara Tiesler), esses liderados pelos leões (10 em 20 campeonatos). Os de 60 a 74, marcados pelas águias (11 em 15) foram pautados por mais episódios de afrouxamento do regime (com Salazar já envelhecido), tantos que o conduziram à queda. E, já agora, o clube que mais passou a ganhar em liberdade, pelas mesmas lógicas, teria sido o FC Porto, que se afirmou como potência nacional e até internacional. Teria sido, antes, prejudicado face a Lisboa?
Estas formas de olhar para as vitórias no futebol são simplistas. Temos sempre o hábito errado de sobrepor a história política às outras histórias. Os clubes têm momentos, épocas, ciclos, jogadores, treinadores. E vencem por isso. O resto é história. Na verdade, como vimos, nem isso, nem história é. É apenas conversa."

Miguel Cardoso Pereira, in A Bola

PS: O mais irónico disto tudo, é que sem as delicadezas do politicamente correcto, e chamando os bois pelos nomes, o verdadeiro clube do regime, foi sem qualquer margem de dúvida o Sporting... que depois do 25 de Abril tem ganho muito, mas mesmo muito pouco... Sendo que os Corruptos, só começaram a ganhar mais, com a aparecimento da Liga e de todo o sistema que o Apito Dourado deu a conhecer...
Só o Benfica, manteve a regularidade das vitórias, antes e depois do 25 de Abril... e isto não é uma opinião, é uma realidade estatística.

Hoje há clássico

"E porque hoje é dia, ou noite, de clássico, seria suposto que o Dragão estivesse envolto do entusiasmo típico dos grandes duelos. Um Porto x Sporting é sempre, tem de ser, um momento inspirador de superiores expectativas. As mais das vezes com crucial importância para ambos os emblemas. Noutras, sobretudo em anos recentes, já sucedeu os portistas terem recebido os leões sem que as duas equipas parecessem gozar do mesmo estatuto, pois que foram muito raras as ocasiões em que o resultado de tal encontro assumiu papel determinante para a definição do título. Mas não me lembro de uma ocasião como a presente.
A luta para o primeiro lugar goza agora, incrivelmente para os dragões, da mera natureza de, como diriam os clássicos, res inter alios acta, que é como quem diz assunto de terceiros. Ou seja, não importa aos portistas. Essa é a verdade, a triste verdade. Ainda assim, uma questão não pode deixar de ser levantada. Esta: como é possível o FC Porto não ser parte interessada, com legitimidade própria, na querela pela decisão do campeão? Esta é que é a verdade. Trata-se agora de assunto entre terceiros. O que não é apenas mau. É indizível. E, portanto, intolerável.
Não é este o momento para dissecar as causas reais e virtuais desta infeliz circunstância. Tão infeliz que só uma coisa a poderia converter em algo ainda mais amargo: a condescendência, quase piedosa, manifestada pelos técnicos dos dois únicos contendores pelo posto cimeiro da classificação perante o fiasco portista.
De todo o modo, entre Sporting e Benfica o FC Porto não pode ter preferência. Tem é a obrigação de ganhar os jogos por disputar. Que isso implique a entrega do ceptro ao Benfica é para si tão irrelevante como imperativo é prevenir a repetição desta lastimosa campanha."

Paulo Teixeira Pinto, in A Bola

Benfiquismo (XC)

Em Berna, a caminho do 1.º título Europeu,
num jogo onde a bola bateu por 4 vezes nos 'nossos' postes...
... além de outras 'habilidades' na linha!!!
E não foi por isso, que não merecemos a vitória...
e não foi por isso, que os nossos jogadores deixaram de ter qualidade...
... para serem Campeões Europeus!!!

As vitórias, desde que não sejam compradas,
são muito bem vindas...
... a jogar melhor ou pior, mas sempre com suor, dignidade e honra!

Vermelhão: Coração aguenta... só mais 2 Finais !!!

Benfica 1 - 0 Guimarães


Começo pela vergonha! O Guimarães nada tinha a ganhar neste jogo, perder, empatar ou ganhar, era igual ao litro, para as aspirações do Vitória... Jogar com um autocarro de dois andares, é pouquinho, mas até é legitimo... dentro de alguns limites. Jogar com agressividade é legitimo... pessoalmente, acho que as faltas cínicas, tão apreciadas em Portugal, deviam ser mais penalizadas, mas pronto... até dou de barato, que as equipas com menos recursos, têm que recorrer a este tipo de 'esquemas'... Agora, o anti-jogo declarado, desde do 1.º minuto, de forma abusiva, de forma porca, indigna... é inexplicável, dentro das circunstâncias deste jogo: jogar para o 0-0 desde do 1.º minuto, não tem explicação lógica...
A não ser que o Homem da Mala tenha estado em Guimarães durante a semana!!! Já o disse e repito: no limite até podemos compreender em algumas situações (ordenados em atraso por exemplo...), jogadores aceitarem estes incentivos extra... Agora, o que é inaceitável, são os jogadores mudarem a sua atitude, consoante os prémios de terceiros... Os jogadores do Guimarães, recebem ordenado a horas, têm contrato no qual aceitaram defender as cores do Clube em todos os jogos, com a mesma atitude, dando tudo, repito em todos os jogos...
Quando um grupo de jogadores, muda a sua forma de jogar, perante incentivos de terceiros, só prova a sua falta de profissionalismo, falta de dignidade, falta de honra... É a prova que afinal, nos outros jogos onde não receberam incentivos de terceiros, podiam ter dado mais, ao Clube que lhes paga os ordenados!
Vermes, que infelizmente, poluam na cultura futebolística do Tugão!!!
Aquilo que se tem assistido neste Campeonato depois da vitória do Benfica no Alvalixo é do mais nojento possível!!! Todos os adversários dos Lagartos, abriram completamente as 'pernas', como o Benfica não oferece incentivos extra, temos tido 'rotações', castigos... um festival de falta de dignidade competitiva.
Os jogos do Benfica, têm sido autênticas batalhas... com todos os nossos adversários a jogarem a Final da 'Champions' nos jogos com o Benfica!!!
Isto são 'dois' Campeonatos completamente diferentes... Jogadores do nosso próximo adversário, já tiveram declarações públicas em relação ao próximo jogo com o Benfica, mesmo quando os seus adversários são outros... Um deles, afirmou mesmo que quer o Sporting Campeão!!! Porque joga melhor...diz ele!!!
Nojento, tudo isto é nojento...
O Campeonato nunca mais acaba... este é o meu sentimento, é o sentimento da maioria dos Benfiquistas, e é o sentimento dos jogadores. Os nervos, bloqueiam os adeptos nas bancadas, e bloqueiam as pernas e decisões dos nossos jogadores em campo...
Conquistámos mais 3 pontos importantíssimos... jogámos pouco, principalmente na 1.ª parte, as duas linhas defensivas do Guimarães, foram quase intransponíveis, quando a bola passava, o jogador não passava... o jogo esteve quase sempre parado, não era fácil manter um ritmo... os desequilíbrios quase nunca aconteceram... Mas neste momento da temporada, o que importa são os 3 pontos!!! Raramente, outras equipas, em situações semelhantes, no final de uma época longa, conseguem produzir futebol de alta qualidade...
O golo de bola parada, no início de 2.ª parte, mudou muita coisa... O anti-jogo deixou de acontecer, o jogo ficou mais rápido, e com a entrada do Jiménez alterámos completamente a nossa forma de atacar, e tivemos duas oportunidades claras... construídas por nós... além de outras meias oportunidades. Mas em contra-ataque, o Guimarães também criou perigo: 1.º num erro do Jardel; 2.º num contra-ataque que o Renato devia ter 'matado' com uma falta, e não conseguiu... Mas tirando, estas duas jogadas, o Ederson até teve outro jogo descansado!!!

Para poupar os nossos corações, faltou mesmo o 2.º golo, mas a ansiedade e a barra não permitiram...
Ederson, com pouco trabalho, mas decisivo... na 1.ª parte defendendo remates de longe, no 2.º tempo, saíndo velozmente aos pés dos adversários...
Depois do Pizzi com o Setúbal, hoje foi a vez do Jardel cometer o erro quase fatal... felizmente o André, fez de guarda-redes!!! Mesmo assim, com mais um golo, o Jardel acabou por ser decisivo... E o jogo até começou com um 'susto' (quando vi o Luisão a aquecer, assustei-me!!!), mas o nosso Zagueiro, não desiste facilmente... O Lindelof fez mais um jogo 'perfeito'!!! Podem achar exagerado, mas defensivamente, não podemos pedir mais ao nosso jovem Sueco!!!
Os cruzamentos do André desta vez não deram golo, sentiu muitas dificuldades em acompanhar a velocidade do Dalbert, mas acabou por ser decisivo na cobertura aos nossos Centrais... Acabou por forçar a expulsão, para estar disponível nos Barreiros, neste momento é fundamental o André jogar nos jogos decisivos! O Eliseu está a ser 'vitima' dos nossos adversários!!! A única estratégia ofensiva do Guimarães, era bola pelo ar, para cima do Eliseu...!!! E no geral, até acabou por estar bem... Mas com as poucas 'subidas' até deu para colocar o Licá a fechar a 'direita'... com outro tipo de lateral canhoto, tínhamos desequilibrado a defesa do Guimarães...
Mais um grande jogo do Fejsa, limpou quase tudo... e só não limpou mais, porque o Paixão não deixou!!! O Renato acabou por ser bem substituído... está desgastado, e com a equipa mais contida no ataque, acaba por ter menos opções de passe nas transições ofensivas...
Pizzi esteve ligeiramente melhor, espero que o nascimento do mini-Pizzi, tenha 'clareado' as ideias na cabeça do Transmontano!!! Outro jogador que melhorou em relação às últimas exibições foi o Nico... aquelas jogadas 'bonitas' falhadas, irritam, mas notou-se um Nico mais leve fisicamente...!!!
Com este tipo de defesas o Jiménez, devia jogar de início... com um Benfica mais recuado, o Mitro tem menos bola, e isso acaba por prejudicar as exibições do Grego. O Jonas acabou por não ter espaço... aliás a estratégia do Guimarães foi uma cópia do Setúbal (e da Académica), mas corrigida, com um dos Centrais, a acompanhar sempre o Jonas, mesmo quando o nosso Pistolas recua... Desde do jogo com a Académica, que se nota, os nossos adversários a tentarem, impedir as recepções e respectivos arranques do Jonas com a bola controlada... O Guimarães foi a equipa mais eficaz nesta estratégia, e isso emperrou todo o sistema ofensivo do Benfica...
Mais uma grande entrada do Jiménez, sem golo, mas com muito jogo... foi pena, merecia ter marcado pelo menos duas vezes!!! Nova entrada má do Salvio, o Carcela devia ser o 3.º Extremo... o Samaris devia ter entrado mais cedo...
O treinador do Guimarães praticamente só falou da arbitragem, sem ver as repetições, até me pareceu que o Paixão esteve bem... Os Amarelos, na 1.ª parte foram justos, as faltas são óbvias (ainda perdoou um Amarelo no nosso primeiro ataque...). Duvido que Soares Dias, Sousa, Hugo Migueis e afins, tivessem a coragem de fazer o mesmo... Na 2.ª parte, numa falta sobre o Jonas pareceu-me perdoar um 2.º amarelo, mas pronto... Tendo em conta a coacção feita antes do jogo, até não esteve mal... mesmo quando parece que ficou um penalty sobre o Mitro!!!
Todos os Benfiquistas suspiram por um deslize dos Lagartos amanhã. Pessoalmente, não tenho muita fé... por diversas razões... O jogo dos Barreiros vai ser muito complicado, independentemente do resultado de amanhã, ainda por cima a Liga marcou o jogo, para depois do Sporting-Setúbal, portanto até podemos entrar em no relvado dos Barreiros em 2.º lugar!!!
Temos que manter a concentração defensiva, mas temos que ser mais eficazes ofensivamente...
A provável nomeação de Hugo Miguel para o Funchal, deve assustar todos os Benfiquistas, a começar pela Direcção!!!
Ao contrário do jogo dos Barreiros, a meia-final da Taça da Liga na Segunda, na minha opinião, depende muito do jogo do Dragay: uma vitória do Sporting, temos que descansar todos os jogadores titulares; uma não vitória do Sporting, podemos 'arriscar' alguns titulares com o Braga...
A Catedral voltou a encher, mas a ansiedade é muita, demasiada... neste momento, estamos em algumas ocasiões, a transmitir (sem querer) mais intranquilidade para a equipa, do que apoio!!! Isto nunca mais acaba...!!!


sexta-feira, 29 de abril de 2016

Temos de ser mais demolidores

"O Benfica ganhou em Vila do Conde e encurtou a distância que falta para o objectivo principal da época. Ao contrário daquilo que tinha acontecido noutros jogos, não concordo com algumas críticas que ouvi. O jogo era difícil, o Rio Ave uma boa equipa, e o Benfica teve pelo menos quatro ocasiões de golo antes de concretizar. Exceptuando uma cabeçada de Vilas Boas na primeira parte (vi a bola dentro) não houve grande perigo do Rio Ave. Nos jogos que ainda nos faltam, temos que ser melhores e mais demolidores. Não podemos ficar ao alcance de um infortúnio ocasional ou provocado. A nossa margem de erro é não dar margem ao erro.
O resultado que interessa no clássico do Dragão é apenas vencer o V. Guimarães logo à noite (creio que o Sporting ganhará no Porto). Lembro que foi o empate do Vitória frente ao Sporting que empatou as contas de Alvalade, e foi a vitória dos de Guimarães sobre o Porto que os retirou do trilho do campeonato. Isto bastava, hoje, para termos um jogo de vários perigos. Faltam 270 minutos para tornar o sonho realidade. Essa realidade vem sendo sonhada e construída com muito trabalho (outros chamam sorte) desde o início do campeonato.
No estádio dos Arcos viveu-se um ambiente fantástico, onde a maré vermelha mostrou que é tão forte a norte como a sul. Resta agora em nossa casa e na Madeira terminar a empreitada com ainda maior competência. Segunda-feira disputamos uma meia-final contra o Sporting de Braga. É também um objectivo. Não posso entender como chegados a dois jogos de poder conseguir um título se possa facilitar nessa conquista. Aliás, nos últimos sete anos, só o Braga, e numa meia-final mal arbitrada por Marco Ferreira, nos eliminou nesta prova. A Taça da Liga não é o principal, mas é também um objectivo, e no (meu) Benfica não se deitam fora objectivos sem lutar."

Sílvio Cervan, in A Bola

Mais perto do "tri"

"Com a vitória obtida em Vila do Conde, tão suada quanto justa, estamos mais perto do título. Numa temporada normal, com as partidas em disputa por Benfica e Sporting nas três últimas jornadas, a confiança seria redobrada, mas, muito honestamente, não creio que o FC Porto tenha a capacidade anímica que o faria suplantar as suas lacunas técnica e tácticas frente a um Sporting que, embora não deslumbre, se vai mostrando focado em tentar regressar ao título 14 anos depois. Socorro-me, no entanto, do excelente percurso que a nossa equipa tem vindo a fazer para encarar com optimismo o desiderato a que nos propomos. Sermos Tricampeões nacionais, feito por alcançar desde 1977, será, caso o consigamos, a consequência natural de um trajecto que, contra as expectativas, especialmente após o mau começo de época, tem sido brilhante.
Dos vários objectivos intermédios que se poderá definir no âmbito do Campeonato Nacional, esta semana conseguimos o pleno a norte da cidade do Porto. Não me recordo da última temporada em que tenhamos conseguido vencer em Braga, Guimarães, Moreira de Cónegos, Paços de Ferreira e Vila do Conde. É um sinal de consistência da nossa equipa que não se poderá ignorar. Resta-me, em semana do 25 de Abril, relembrar que o Sport Lisboa e Benfica, nos 48 anos de ditadura, nunca deixou de realizar eleições livres e democráticas para eleger os seus corpos sociais. Fomos, talvez, a única instituição desportiva relevante a não se deixar influenciar pelo contexto social e político português nesse período. É com orgulho que deixo esta nota, mais uma das que patenteiam a nossa incomensurável grandeza. Viva o Sport Lisboa e Benfica!"

João Tomaz, in O Benfica

Que sorte!


"É uma sorte.
É uma sorte ter avançados com a categoria de Raúl Jiménez, Jonas ou Mitroglou, que resolvem jogos com precisão de matador, nos momentos mais delicados. É uma sorte ter jovens como Ederson, Nélson Semedo, Lindelof, Renato Sanches ou Gonçalo Guedes, os quais há um ano ninguém imaginava como presumíveis titulares do Benfica e jogadores de selecção. É uma sorte ter figuras do nível de Luisão ou Salvio, que se sentam no banco com o mesmo profissionalismo que sempre revelaram em campo. É uma sorte ter um plantel em que as ausências são colmatadas por jogadores de igual valia, com os quais o colectivo em nada se ressente. É uma sorte ter uma equipa unida e solidária, que entra em campo com humildade e sem qualquer laivo de sobranceria, disputando cada lance como se fosse o último. É uma sorte ter a melhor média de golos por jogo dos últimos 32 anos. É uma sorte ter o melhor ataque e o melhor marcador do Campeonato. É uma sorte ter como treinador um homem competente e civilizado, que responde com vitórias às reiteradas provocações que lhe chegam do exterior. É uma sorte ter uma estrutura administrativa e logística na qual nada falta, e a qual representa uma importante mola no rendimento dos atletas. É uma sorte ter um presidente que está sempre ao lado da equipa, nos bons e nos maus momentos, e que não usa facebooks para insultar, pressionar ou coagir ninguém. É uma sorte ter uma massa adepta que enche estádios de norte a sul do País, com uma paixão inigualável, e um apoio frenético que empurra a equipa para a frente.
É mesmo uma sorte. É uma sorte ser do Benfica!"


Luís Fialho, in O Benfica

É dia de jogo

"As roulotes das bifanas já lá estão. Consigo ver os toldos e as filas de espera assim que saio do metro do Alto dos Moinhos. Passo por baixo da Avenida Lusíada e lá estão os mesmos vendedores de cachecóis de sempre, com as suas novidades para cada jogo. Os agentes da PSP orientam o trânsito, dão passagem aos peões e perpetuam a sinfonia de apitos, só interrompida pela buzina daquele condutor mais apressado que não quer ser apanhado na onda vermelha. É fácil identificá-lo: vai de cara fechada ao volante, reclama com quem anda pela estrada de camisola do SL Benfica vestida, apita e reclama com medo de tudo. Deve ser inveja. Deve ser sportinguista.
Subo a pequena encosta com bares ambulantes de cada lado da estrada. São já às centenas os Benfiquistas que comem qualquer coisa antes de entrar no estádio. Homens, mulheres e crianças de todas as idades. Lançam-se prognósticos, lembram-se noites míticas, combinam-se aventuras no Marquês.
Desço agora entre os novos prédios do Alto dos Moinhos, cada vez mais perto da Catedral. Numa segunda zona de roulotes, cumpro o ritual de sempre. No mesmo bar, peço a mesma cerveja e a mesma entremeada. Viro-me para a estrada, assisto a quem passa, enquanto termino a improvisada refeição. Há sempre alguém conhecido nas proximidades. Há sempre uma troca de palavras antes de cruzar a ponte e desaguar frente à estátua do Eusébio. Cá de cima, ouvem-se já os cânticos de quem se prepara para entrar. É dia de jogo. É dia de fazer mais três pontos e deixar os invejosos e trapaceiros cada vez mais longe daquilo que não conhecem há bem mais de uma década: o título.
Está na hora, Benfica!"

Ricardo Santos, in O Benfica

Uma jornada em ditados populares

"Diz a sabedoria popular que gato escaldado de água fria tem medo. Por isso compreende-se a prudência que tem envolvido as declarações dos responsáveis do Benfica a propósito do tricampeonato perseguido pelo emblema da Luz. Recuando poucos anos, chega-se a um triunfo dos encarnados no Caldeirão dos Barreiros, naquele que era considerado o jogo do título de 2012/13, recordam-se os festejos precipitados dos pupilos de Jorge Jesus e lembram-se os factos imediatamente seguintes: empate do Estoril (de Marco Silva) na Luz, golo de Kelvin no Dragão e FC Porto (de Vítor Pereira) tricampeão. É óbvio que o Benfica é favorito frente ao V. Guimarães; é também evidente que a maré vermelha vai levar mais de 60 mil adeptos à Luz, num colinho anunciado, em época de mais de um milhão de espectadores no anfiteatro benfiquista; mas recuperando os acidentes de há três anos, é inevitável que a conclusão chegue, de novo recorrendo à sabedoria popular: Cuidados e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém.
A competição apertada entre Benfica e Sporting - há sete jornadas que uns e outros ganham sempre no campeonato - associada ao destempero verbal que tem marcado a época, concorrem para que, no fim do dia, prevaleça o mais sábio, o que não desbaratar energias com assuntos laterais, o que conseguir manter o foco no essencial. A missão do Benfica, para já, é só uma: vencer o V. Guimarães e aumentar exponencialmente a pressão sobre o Sporting, que viaja ao Dragão, onde o FC Porto joga muito mais do que três pontos, que não lhe atrasam nem adiantam: joga a honra da casa."

José Manuel Delgado, in A Bola

O melhor pode não ganhar

"Esta Liga está de tal forma emocionante, disputada e desequilibrada que no final qualquer um dos dois candidatos pode fazer a sua melhor pontuação de sempre e... não ser campeão. Neste momento, o máximo de pontos alguma vez acumulado por uma equipa foi 86 (FC Porto, 2002/03, treinado por José Mourinho), isto contando apenas com os campeonatos de vitórias a três pontos (desde 1995/96, vamos na 21.ª edição).
O líder Benfica pode superar o seu melhor registo (85 pontos, 2014/15, treinado por Jorge Jesus), acabar a prova com 86 pontos e ver o título fugir para Alvalade. O feito de Rui Vitória passaria logo para um plano muito secundário. Como, por outro lado, o bicampeão tem, também, boas possibilidades de estabelecer o novo máximo dos campeonatos: 88 pontos, se vencer os três desafios que faltam. Tal pontuação significaria garantidamente o tricampeonato e um lugar na história ao treinador.
O Sporting, neste momento, já igualou o seu maior acumulado histórico (77 pontos, 1999/2000, treinado por Materazzi e depois, por Augusto Inácio), pelo que basta um empate a Jesus para se tornar no técnico que mais pontos deu aos leões (por aqui também se pode medir a diferença entre os dois rivais). Seja como for, o 2° classificado ainda está em posição de atingir os 86. Seria o melhor resultado da carreira de JJ e repetiria o registo de José Mourinho. No entanto, todo esse feito pode terminar apenas como nota de rodapé na história da Liga caso o título volte a ser entregue pela 3.ª vez consecutiva na Luz.
Existem duas boas explicações para o facto de tais recordes estarem a ser batidos ao fim de tantas edições da Liga. Em primeiro lugar, o campeonato a que estamos a assistir é apenas o 13° com 34 jornadas e vitórias de três pontos. Por outro lado, a degradação competitiva tem-se acentuado nos últimos 5 anos, com os três grandes a fazer crescer os seus orçamentos para valores impensáveis até há pouco tempo e todos os outros a reduzi-los ou, no máximo, a mantê-los. Basta atentar no aumento brutal do número de goleadas (vitórias por mais de 3 golos) conseguidas em 14/15 e 15/16 pelos grandes, em comparação com as três Ligas anteriores: mais de 100 por cento!"

A ironia

"Secretamente, lá estarão, pois, Jesus e Rui Vitória a apostar algumas 'fichas' do amigo Conceição e no conterrâneo Peseiro.

Não é evidentemente a admiração de Sérgio Conceição por Jorge Jesus que vai jogar esta sexta-feira na Luz. O que vai jogar é o V. Guimarães que não vence há onze jogos e está, por isso, naturalmente mais ferido, e um conjunto de jogadores à procura de traduzir a tremenda alma do treinador e com aquele extra de motivação próprio do confronto com um grande, ainda por cima o líder que todos, pelo impacto e protagonismo, querem derrotar.
Nesta fase do pouco competitivo mas muito emocionante campeonato português, é absolutamente normal o elevado nível da expectativa, pela ansiedade com que os candidatos ao título - Benfica e Sporting em luta titânica - esperam escorregadela de um ou de outro.
Claro que não é a admiração de Sérgio Conceição por Jorge Jesus - e até a amizade que os ligará - que vai jogar ao final da tarde de hoje na catedral encarnada. Mas é difícil ignorar a secreta esperança que terá Jesus de ver o antigo pupilo ser também herói verde e branco no final deste Benfica-V. Guimarães, que voltará a levar ao estádio das águias gigantesca moldura humana, permitindo ao Benfica ultrapassar o milhão de pessoas nas assistências, esta época, em casa. O que é fantástico!
E a propósito, seja qual for a equipa que vier a ser campeã, neste empolgante duelo Benfica-Sporting, celebrará, talvez mais do que nunca, um título com vincada assinatura dos adeptos. De um lado ou do outro!  
Também não será a ligação de origem ribatejana de Rui Vitória e José Peseiro que vai jogar, este sábado, no escaldante FC Porto-Sporting, um daqueles jogos que pode não ter nada a ver com o campeonato, e quase nunca tem, no sentido em que as equipas nem sempre refletem o que estão a fazer na época. Pode o FC Porto não ter (e realmente não tem tido) futebol para este Sporting, mas tem jogadores com qualidade, camisola com história e estatuto com peso suficientes para, de repente, surpreender tudo e todos ao ponto de levar os analistas, como tantas vezes aconteceu ao longo dos anos, a questionar ao escreverem... mas por onde raio andava este gigante adormecido?!...
Claro que não deixa de causar alguma impressão a súbita derrocada da equipa portista, que acaba afastada da discussão do título mesmo tendo ganho, note-se, na casa do Benfica, agora o líder, e de só agora receber o Sporting.
Quer isso dizer que o FC Porto caiu exatamente onde não se esperava. E tombou fatalmente.

Na Luz, tirou o ribatejano José Peseiro o pão da boca ao ribatejano Rui Vitória (quando o FC Porto venceu por 2-1, em Fevereiro, na noite em que o Benfica de Rui Vitória talvez tenha feito o seu melhor jogo na Liga), e não deixaria de ser uma ironia que fosse agora o mesmo ribatejano Peseiro a devolver a felicidade ao ribatejano Vitória, caso este some esta sexta-feira o 10.º triunfo consecutivo no campeonato. Ironia ainda que fosse Peseiro, o mesmo que pagou a factura por ter perdido no Sporting o título de 2005, a contribuir, agora, do outro lado da barricada, para o insucesso do Sporting de Jesus na Liga de 2016.
Em qualquer dos casos, Jesus a apostar, portanto, algumas fichas em Conceição, e Vitória algumas no conterrâneo sangue de Peseiro, mesmo tendo em conta a ironia, sublinhe-se, de quem não ganha há onze jogos (o V. Guimarães) ou de quem tão profundamente desolado tem vindo a sentir-se (FC Porto) possa acabar por ter palavra tão decisiva na nobre discussão deste campeonato. Mas não está o futebol tão cheio destas ironias?!...

Terrível ironia esta outra, aliás, que no regresso a um grande português, e logo ao tão estruturado FC Porto, tenha José Peseiro caído num alçapão de instabilidade e problemas que jamais esperaria quando, por norma, a oportunidade de treinar o FC Porto é fantástico argumento para o currículo e caminho aberto para o sucesso.
Na realidade, muitíssimo instável e problemático deve estar o cenário azul e branco para impedir que José Peseiro pudesse ter melhorado de algum modo o que Lopetegui deixou, com o risco (não vencendo a Taça de Portugal) de deixar para o legado da presidência actual o inédito período de três anos sem conquistar rigorosamente título ou troféu algum.

Ironia para as cores portistas, imagine-se, também esta ontem vista em Espanha... a de que possa o submarino amarelo do município de Villareal ter eventualmente, frente ao Liverpool, aberto a porta da final da Liga Europa pela mão de... Adrian Lopez (lembram-se?), o rapaz que custou os olhos da cara ao FC Porto e no FC Porto não foi mais do que um peso morto que os portistas muito lamentaram.

Agora do lado do Benfica, não deixa de ser igualmente irónico que o guarda-redes Júlio César e o capitão Luisão tenham deixado, subitamente, de ser os jogadores indispensáveis que ainda eram há pouco tempo e foram, sobretudo e por exemplo, na conquista do título encarnado da época passada. O pior que lhes poderia ter acontecido - e o melhor para a equipa encarnada, naturalmente - foi terem visto Ederson e Lindelof abençoarem Rui Vitória com o milagre da multiplicação. O milagre que este ano tem dado um jeitão ao Benfica!"

João Bonzinho, in A Bola

Crise financeira anunciada se...

"O Tribunal Arbitral du Sport, decidiu assim (...). Deve pagar, 5.050.000,00€ + juros de 5% desde 23/8/2014, ainda 5.000.000,00€ + juros de 5% desde 4/12/2014, 1.433,596,15 Libras esterlinas + 5% juros desde 23/8/2014, ainda, mais 75% de 20% de eventual transferência futura de Rojo acima de 23 milhões de euros, ainda 90% das custas do processo e mais 40.000,00 francos suíços para ajudar a pagar as custas do processo.
Ora, como é fácil de ver, isto dá muito mais que os tais 12 milhões! Fora, uma transferência futura acima de 23 milhões de Marcos Rojo.
A coisa não é assim tão fácil, nem tem nada a ver com o que por aí postaram os meios de comunicação social.
As dificuldades financeiras da Sporting SAD caso não ganhe a Liga, vão aumentar em muito a sua já debilitada saúde financeira, por muito que se possa "vomitar" no Facebook. Daí a importância fundamental para o Sporting ganhar esta Liga.
É que analisando as finanças da Sporting SAD, a única possibilidade financeira que lhes restará será, obrigatoriamente, empenhar todos os jogadores, ou, arranjar investidores particulares o que obrigará ainda mais à alienação completa do controlo da maioria do capital por parte do Sporting Clube. Repare-se que, se em 2025 o BCP e o Novo Banco (certamente aí Santander), quiserem exercer o seu direito de opção das célebres VMOC's, os sócios do Sporting ficarão com 10 a 20% do capital da sociedade e cheios de dívidas.
É esta a razão de todo o ataque cerrado de vários Triunviratos através dos jornais e da televisão que não tem mais do que dois objectivos: tapar o sol com a peneira e tentar destabilizar o Benfica. Está em jogo a sobrevivência do Sporting e o seu presidente bem o sabe, por mais que a seguir vá escrever no Facebook - e tal, a Terra é quadrada e é o Sol que anda à volta da Terra - então não se vê dirá a citada Excelência.
Até lá ficamos (...) com o actual Ranking da UEFA: BENFICA em 6.º.
E por aqui fica esta semana o escriba.

Inteligência Liga versus Taça da Liga
Nos meus tempos mais remotos e já lá vão muitos dias e muitas noites, existia um anúncio sobre o Presto, onde apareciam uns bonecos que apelidavam de "glutões", os quais comiam tudo o que se lhes aparecia. Um dia morreram de congestão!
Mais tarde surgiu uma máquina que se chamava "Pack Men" , a qual tinha uns "glutões" a girar, que largavam bombas na direcção de uma "anti aérea", que caso não lhes acertasse, acabaria por ser acertada pelas bombas. A técnica consistia em adoptar dois métodos, separados, ou conjuntos. Desviar das bombas e disparar o máximo possível sem esgotar as munições.
Ora é isto que o Benfica tem de fazer nesta parte final da Liga "Nós", que eu e todos os Benfiquistas querem que seja de todos "Nós".
Para isso é preciso adoptar três métodos:
a) Não querermos ser glutões e devemos escolher entre competições;
b) Desviar de todas as bombas que nos atiram;
c) Não esgotarmos as munições todas disparando à parva, só porque queremos "comer" o mundo;
É evidente que a melhor decisão será aquela que seja tomada após se conhecer o resultado de dois jogos - o Benfica-Vitória de Guimarães e o FC Porto-Sporting.
Mas ela não poderá deixar de ter em atenção que, quem tudo tudo quer tudo pode perder. E aí, entra a melhor gestão desportiva, económica financeira e logística.
Para quê empenhar a 100% na competição da Taça da Liga, quando o que todos nós queremos é o Tricampeonato?
Para quê, querer ser mais Papista que o Papa. Para quê, colocar as fichas todas na mesa da roleta, quando outros estão a caminhar para uma falência de tesouraria e estão à beira do empurrão final!
Há uma frase que na brincadeira costumávamos utilizar muito - Estava a um passo do abismo e deu um passo em frente!
Por vezes é necessário utilizar a inteligência e a perspicácia e esperar pela altura certa.
Qualquer que seja a estratégia a desenvolver e as decisões que se venham a tomar, o momento da comemoração do golo em Vila do Conde, simboliza uma união e uma crença que não pode morrer e por muito que custe, mais vale um sonho na mão que dois a voar!"

Pragal Colaço, in O Benfica

Benfiquismo (LXXXIX)

De todos, um.

Até ao fim... sempre !!!
E que no final do dia de trabalho,
sejamos felizes...

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Mais uma vitória, menos um adversário para ultrapassar... Já só faltam, por isso, 3 finais (ou... talvez menos)

"Rui Vitória percebeu as necessidades da equipa e leu muito bem o jogo em Vila do Conde. Para quem «não é treinador», não está nada mal...

Viagem para Vila do Conde
No domingo passado, como tem sido habitual, uma multidão de benfiquistas fez-se à estrada! Cerca de 340 quilómetros separam Lisboa de Vila do Conde, mas nunca foi a distância que impediu o acompanhamento permanente do Benfica, seja onde for!
Das duas vezes que parei, nesse mesmo percurso, fui sempre abordado por alguém que estava de passagem, na sua vida, sem ser para ir ver o Benfica.
Mas que não perdia a oportunidade para uma palavra de incentivo, de apoio, de encorajamento, de partilha dessa fé imensa, quase me mandatando para eu - em seu nome e na impossibilidade de estarem presentes, em Vila do Conde - os representar a todos no apoio à equipa.
Além desses, que não iam, mas que apenas queriam ouvir a certeza de que seriamos campeões - como se a humildade, sempre necessária, nisto de resultados, me permitisse dizer outra coisa que não o «vamos fazer tudo para que possamos festejar, este ano, o 35...» - as outras, as que iam para o jogo, vinham de todo o lado, percorrendo centenas e centenas de quilómetros, algumas delas muitos mais do que aqueles que eu percorri.
É impressionante aquilo que os (nos) move...
O sentimento de que, agora, nestes últimos jogos, nesta derradeira fase do campeonato, nestas (então) quatro finais que faltavam, seria necessário dar tudo cá fora, retribuindo o esforço dos que, no campo, nos representam e a quem exigimos que dêem, tudo, mesmo tudo!
Porque todos, sem excepção - os que vamos, sempre, como adeptos ou como dirigentes - não trocamos a família pelo Benfica!
Substituímos, durante umas horas, a nossa família mais pequena, por uma família com 14 milhões. E no passado domingo não foi excepção...
Tudo pelo Benfica!

As chegadas da equipa... sem serem organizadas
A invasão de Vila do Conde foi igual às de Moreira de Cónegos, Paços de Ferreira, Bessa ou Coimbra. Estádios cheios, tão infernais quanto o Estádio da Luz - apenas com a diferença, natural, decorrente das lotações mais reduzidas - fazendo-nos sentir que... jogávamos em casa.
Nas imediações, sobretudo nos momentos antes da chegada do autocarro do Benfica, largas centenas de pessoas, divididos entre os que esperavam esse momento, para ocupar os seus lugares, nas bancadas e os que, apesar de não terem conseguido bilhetes, fizeram questão de ir demonstrar o seu apoio à equipa.
Isto é o Benfica!
E por menos emotivas que sejam algumas pessoas, ninguém consegue ficar indiferente!
Costuma ser sempre assim, mas, esta época a onda vermelha está cada vez maior!
Em Vila do Conde «entre pinhais, rio e mar» (como diria José Régio) também foi assim!
A equipa foi recebida por milhares de pessoas, que tiraram parte do seu tempo para a esperar e a saudar, com palmas, cânticos, gritos de incentivo e um pedido especial... o 35!
Que recepção!
Que - ao contrário do que acontece noutros lados - nunca precisa de ser organizada, nem solicitada pelos técnicos aos dirigentes...
Percebido?

O jogo... ou como o Norte é vermelho
Mais uma final superada! Provando-se - uma vez mais - que o Benfica nunca tem jogos fáceis ou enfrenta equipas mais fracas...
Além de, por tradição, o Estádio dos Arcos ser uma deslocação sempre difícil, especialmente para o Benfica.
Como não se cansaram de repetir os arautos da desgraça, recordando que lá tínhamos deixado 3 pontos, também num momento chave do campeonato... o ano passado!
Nas bancadas, a emoção dos adeptos foi o espelho do querer existente no relvado.
Mais uma vez ficou evidente que o Norte é vermelho (e como isso lhes dói)!
No relvado, uma primeira parte bastante difícil, sobretudo pelas limitações que o Rio Ave desde cedo colocou.
Uma equipa bastante organizada, como já é recorrente, nas estratégias definidas por Pedro Martins. Um jogo com um grande rigor táctico de ambas as equipas, que aumentou, exponencialmente, a intensidade com que se discutiu cada lance.
Embora, com todo o respeito que o Rio Ave me mereça, tenhamos sido os únicos a querer - e, reconheça-se, a poder - ganhar o jogo, sendo prova disso mesmo a falta de atrevimento e de capacidade para atacar dos nossos adversários.
Goste-se ou não, o Rio Ave preocupou-se, apenas, em tentar não deixar o Benfica ganhar a partida.
E, apesar da cautela com que entrámos no jogo, na segunda parte demonstrámos a nossa superioridade.
Um Benfica inteligente, sobretudo na intensidade que imprimiu ao jogo, e na maneira como encostou o adversário ao seu meio campo, de onde raramente saiu (talvez não quisesse, face ao que estava em jogo), que aproveitou bem as substituições, numa leitura perfeita das necessidades da equipa, nesses momentos.
O que, para quem «não é treinador», não é mau de todo!
Foi, assim, um jogo de esforço, de vontade, de raça, de querer e de ambição.
Com os pés bem assentes na terra, com a humildade que se impõe - uma das bandeiras de sempre do Benfica; e como eu já tinha saudades disto - a jogar como se fosse o primeiro e, ao mesmo tempo, o último minuto do campeonato.
Porque, não sendo superiores a ninguém, até se poder provar no fim de cada jogo, apenas nos podemos comprometer em lutar, muito, para que, juntos, alcancemos, sempre, a vitória, para que possamos atingir o nosso objectivo!
Por todo esse querer, e pela demonstração da grandiosidade da alma benfiquista, apenas temos que agradecer a todos e a cada um dos jogadores, que quiseram tanto a vitória de domingo.
Como eles nos agradecem, no fim de cada jogo, o contributo que sentem que todos e cada um de nós dá para cada vitória do Benfica!

Vamos levar a equipa ao colo
Agora, que ultrapassámos os escolhos que nos reservavam no Cabo das Tormentas de Vila do Conde, já só faltam 3 finais.
Amanhã, segue-se o Vitória de Guimarães, no antepenúltimo desses 3 jogos decisivos, num regresso a casa, de novo invadida até encher, como tem sido habitual, este ano.
A onda vermelha continua e, com ela, o colinho dos adeptos, incansáveis no apoio à equipa, um verdadeiro 12.º jogador (passe o lugar comum)!
Aqueles que conseguem criar um ambiente motivador e simultaneamente de grande pressão sobre a equipa adversária.
Aqueles que, para isso, tantas vezes se sujeitam a intermináveis filas para conseguir o bilhete que lhes dá possibilidade de apoiar a equipa.
Aqueles, ainda, que nos momentos mais delicados, nunca desistem, nunca esmorecem, e que carregam e empurram, literalmente, a equipa.
Os tais, os das largas centenas de quilómetros ou - ainda e tão só explicável pela paixão ao Benfica - os que fazem esses mesmos quilómetros apenas para apoiarem a equipa, apesar de não terem bilhete. É esta união perfeita que temos que perpetuar até ao fim da época!
Para que, também dessa forma possamos dar uma grande resposta a todos os que não acreditavam! 
Porque, para mal dos pecados deles, os nossos resultados não têm dependido apenas da estrelinha da sorte - e de campeão - de que tanto falam, mas essencialmente da capacidade da equipa e do apoio dos adeptos.
Na Luz, contra o Guimarães, como na Madeira, contra o Marítimo, ou, depois, novamente em casa, contra o Nacional, naquela que será a última jornada do campeonato, temos de continuar a empurrar a equipa! Enquanto isso, continuaremos a assistir aos mais variados tipos de jogos psicológicos, uns com mais ruído do que outros - quase tão grande como aquele que fizeram com a garantia de participação na Liga dos Campeões na próxima época - numa clara e inegável tentativa de desestabilizar a equipa do Benfica.
Como se o que conseguimos alguma vez nos tivesse sido oferecido.
Não o foi agora, como nunca o foi.
E, nisso, são coerentes: nunca nos oferecem nada!
Ai se fosse o Benfica a jogar contra um adversário que se apresentou sem 10 (!) dos seus jogadores titulares... cairia, estou certo, o Carmo e a Trindade e lá voltaria ao Facebook a tese do defraudar da «verdade desportiva» (a deles, claro).
Esses mesmos que, curiosamente, querem o vídeoárbitro mas não conseguem justificar como ganharam na jornada anterior (a ideia de pôr alguém - que não consegue explicar nada - a explicar que não houve fora de jogo, num fora de jogo escandaloso, foi de gargalhada).
Porque cada vez mais tenho por certo que «quem só percebe de futebol, não percebe nada de futebol»!
Não é, Professor Manuel Sérgio?
Mas, por nós - e isso é que interessa mesmo - já só faltam 3 finais (ou talvez menos).
Vamos a isso, Benfica?"

Rui Gomes da Silva, in A Bola

Uma enxurrada de processos

"Processos, processos e mais processos. O Sporting não para com processos judiciais. Não é uma chuva de processos, é uma enxurrada de processos. Contra clubes, contra ex-dirigentes, contra simples opinadores, contra o mundo. Não é que cada entidade não tenha o direito de se sentir ofendida ou prejudicada e entenda, como legítimo, recorrer aos tribunais, mas a vulgarização do recurso judicial começa por demonstrar uma enorme falta de capacidade de resolver problemas por si próprio. Dizia, há dias, nas colunas de A BOLA, o jornalista Miguel Sousa Tavares, que Bruno de Carvalho só agia desta forma, porque beneficiava do facto de não ser ele a pagar as custas dessa infinidade de processos. Não sei se é por essa ou por outra razão mais nobre, mas a verdade é que Bruno de Carvalho deve cuidar da sua imagem e da imagem do seu clube. Não é uma questão de aparência, mas uma questão, bem mais importante, de credibilidade.
Admito que Bruno de Carvalho seja um caso extremo de hiperactividade. É verdade que o presidente do Sporting aparece em todo o lado, seja em pessoa, seja pelo seu já famoso Facebook, mas há momentos em que até mesmo um clube como o Sporting, que precisa de provocar ruído, chamar a atenção de todos e avariar a geringonça do futebol português, que a tudo assiste impávido e sereno, necessita de se concentrar sobre o que é essencial. E o essencial é a equipa de futebol e esta ponta final de uma época em que ainda pode ganhar a competição maior do futebol português. A permanente discussão pública sobre tudo e, pior ainda, com toda a gente é obviamente inimiga dessa atenção."

Vítor Serpa, in A Bola

Benfiquismo (LXXXVIII)

Que a Luz nos ilumine...!!!

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Lê os meus lábios

"Haverá poucas formas de ser mais credível que deixar de esconder tudo o que pode dar origem a teorias da conspiração. Os relatórios de árbitros e observadores a jogos de futebol são disso mesmo bom exemplo. 
Em Portugal, Jorge Jesus, com três expulsões do banco de suplentes esta época, viu o castigo relativo à última ser anunciado: multa de 192 euros. Já José Peseiro, expulso em Braga num jogo que ditou o princípio do fim das esperanças portistas de ser campeão, também se limitou a pagar multa.
Por outro lado, o treinador do Belenenses Julio Velazquez, expulso uma única vez, logo apanhou castigo de 10 dias de suspensão, enquanto Petit, treinador do Tondela, foi severamente punido, também por expulsão, com 25 dias longe do banco de suplentes. Já Rui Vitória, que desde que chegou ao Benfica só foi expulso na Champions, frente ao Bayern, enquanto treinador do V. Guimarães apanhou 10 dias e mais de 700 euros de multa.
Perante o padrão clube-rico-castigo-curto-clube-menor-castigo-maior e ainda perante a falta de dados oficiais, é natural que os adeptos se perguntem pelas razões de tal discrepância disciplinar. Facilmente lhes responderão os responsáveis pelo Conselho de Disciplina que se limitam a analisar relatórios e a aplicar os regulamentos, sem benefício de alguém. Mas num Mundo dominado pela velocidade (e alcance) da informação, há que cortar de vez o espaço à dúvida e fazer como em Espanha, onde no próprio dia dos jogos a federação torna públicos os relatórios dos árbitros.
Só assim será possível acabar com os jogos de bastidores, com as mentiras, com as guerras de influências. O que deve proteger os árbitros e treinadores é a verdade, não o segredo. A menos que achemos todos que é grande avanço civilizacional andar a ler os lábios dos expulsos em vídeos como o da última expulsão de Jesus."

Nuno Perestrelo, in A Bola

Jorge Jesus: grande treinador despudorado ego

"Ao longo das últimas 7 temporadas (esta incluída), foram muitíssimas mais as vezes que elogiei Jorge Jesus (rasgados elogios) do que aquelas que o critiquei. O que fez no Benfica e está fazendo no Sporting, ganhando ou perdendo campeonato(s), é cabal prova da sua muito alta qualidade como treinador (na época passada, disse, e mantenho, que o Benfica, com plantel muito dizimado, se sagrou bicampeão por ter Jorge Jesus). As críticas negativas que lhe dirigi (escassas) sempre tiveram a ver com o seu descontrolo nos excessos egocêntricos.
Agora, o ego de Jorge Jesus de vez ultrapassou limite do admissível, tornando-se... despudorado. «Em 8 meses, paguei o meu contrato de 3 anos com o Sporting. Apuramento para a Champions dá para ficar à sombra da bananeira». Espantoso!!!
De rastos fica, para jogadores e dirigentes, a ideia que Jorge Jesus faz de espírito de equipa! Eu, eu e mais eu! Num tempo de ser decidida conquista do título, arrisca-se a ter disparado tiro de canhão no balneário (e, quiçá, junto do presidente).
Acresce ser falso que Sporting na Champions tenha nascido com Jorge Jesus. Não é preciso recuar às 3 vezes que lá esteve, na milionária fase de grupos, com Paulo Bento. Gigantesco ego leva a curtíssima memória: apenas há 2 épocas, Leonardo Jardim aí colocou o Sporting. E, de seguida, Marco Silva deixou-o no play-off, sendo Jorge Jesus a falhar acesso ao importantíssimo passo seguinte. O que é despudorado torna-se ridículo!
Bruno de Carvalho e Jorge Jesus pedem meças um ao outro em insolência de egos. Alto risco de colisão... explosiva."

Santos Neves, in A Bola

Benfiquismo (LXXXVII)

Esta é daquelas fotos que nunca me canso de ver...
Vencer, vencer, vencer...
Contra tudo e contra todos!

César Brito, Veloso e Magnusson...
...após a vitória no antro da Corrupção, 1991


FCPorto-0 Benfica-2 de 1991 por MemoriaGloriosa

PS: RTP Porto como sempre 'hilariante': um suposto penalty contra o Benfica em fora-de-jogo para 'equilibrar' com o penalty descarado sobre o Pacheco... e o 'Carlos' Brito em grande!!! Serviço público...!!!

terça-feira, 26 de abril de 2016

Dona Águia e os seus gratos negros

"Benfica-Bayern de Munique não é jogo de agora. Os cadernos da memória levam-nos a Abril de 1972, a Paris, cidade onde Eusébio teimou em ser feliz. A vitória 'encarnada' foi convincente; Jordão inesquecível...

Não deixa de ser curioso ir aos cadernos das memórias e encontrar jogos entre Benfica e Bayern de Munique.
Pois, eu digo-vos: este que aqui vos trago, realizou-se no dia 2 de Abril de 1972. Em Paris.
Paris: essa cidade formidável onde Eusébio dizia sempre ter tido encontro marcado com a felicidade - como dois amantes, acrescentaria eu.
Pois conte-se. É para isso mesmo que invadimos semanalmente esta página e a vossa, certamente, já tão depauperada paciência.
Os franceses podem não ter tido muito êxito nas provas europeias de clubes. Mas inventaram muitas delas. E, sobretudo, tiveram sempre capacidade de arrastar até Paris, para torneios internacionais, os grandes nomes do Mundo.
Em Abril de 1972, o Benfica estava, portanto, em Paris. E o Bayern de Munique também.
O Torneio Internacional de Paris foi, in illo tempore, uma das grandes montras do Futebol internacional. Era como uma passagem de modelos com bola pelo meio. Foi lá que Eusébio se expôs pela primeira vez, marcando golos ao Anderlecht de Van Himst e ao Santos de Pelé.
Eusébio e Paris: uma dupla que nunca se desfez.
Foi em Paris que Eusébio marcou o seu último golo pelo Benfica.
Paris até na despedida!
Em 1972, o Bayern ainda não tinha conquistado a Taça dos Campeões Europeus. Reinava o Ajax, e o Benfica que o diga. Mas estava quase, quase. E já vencera a saudosa Taça dos Vencedores das Taças que tão estupidamente foi apagada do calendário da tirânica UEFA.
Aliás, e sem perda de tempo nem de parágrafos, vamos já mostrar que Bayern era esse que viajara até Paris: contra o Benfica alinharam - Maier; Koppenhoffer, Beckenbauer, Schwarzenbeck e Breitner; Scheneider, Zobel e Roth; Krauthausen, Muller e Hofmann.
Connhecem-nos? Pois quem pode esquecê-los? Pelos menos nós, do meu tempo, que crescemos a vê-los ganhar taças e honras aos pontapés por todos os campos do planeta.
Digamos, então, a equipa do Benfica, que era de respeito: José Henrique; Artur, Humberto Coelho, Zeca e Adolfo; Jaime Graça, Eusébio e Vítor Martins; Nené, Vítor Baptista e Jordão. Com o decorrer da aprtida, ainda entraram Messias, Toni, Diamantino e Artur Jorge.
Pois... um luxo!

Logo aos dois minutos...
Duas jogadas de calibre mataram os bávaros. A primeira logo aos dois minutos: Adolfo corre, corre, corre, como se tivesse asas de Mercúrio nos pés; o seu passe é preciso, retalhado como quem esculpe um diamante, a Nené está lá, à espera, para fazer o golo perfeito e irretocável.
Nas bancadas,os emigrantes resplandeciam de orgulho.
E em breve, os sorrisos se alargaram e as palmadas nas costas estralejaram com a alacridade dos íntimos.
Jordão liberta-se da defesa alemã no seu jeito de gato preto em campo de neve, como escreveria o grande Erico. Rodopia, dribla, baralha. É ele e a sua circunstância especial e única. O remate é forte e colocado. Mas não atinge o alvo. Um cisco imperfeito na sua ambição incontrolável. Pouco importa. A bola bate no poste do atarantado Meier, assim cabeludo e marreco como ficaria para a história universal do jogo. Vítor Baptista aproveita a recarga e faz 2-0.
No Estádio de Colombes, era descolorido e desmaiado. Quem sabe se por jogarem com camisolas angelicamente brancas.
Muller fazia o que nunca fez: falhava golos.
Humberto Coelho era imperial, dominava a defesa e as saídas para o meio-campo contrário. Estava acima de Beckenbauer que, sofregamente, tentava juntar os seus numa equipa da qual só se via o esqueleto.
Vítor Martins era o príncipe do centro! Com o seu Futebol de genica, próprio de boneco de corda, abria brechas contínuas no cimento alemão. E Eusébio... bem, esse era Eusébio... Sábio, alimentava Jordão, o seu delfim. Entre esses dois príncipes etíopes de rancho, como gostava de adjectivar Nelson Rodrigues, as tabelinhas e as simulações multiplicava-se geométricas e inesperadas.
O Bayern fez o seu golo. Diz quem esteve no estádio, que o mereceu. Foi Roth quem o marcou.
Mas a vitória benfiquista era clara!
«Terríveis, Jordão e Eusébio, embora este já mais lento do que noutros tempos», exclamava Dabbec, o jugoslavo que orientava o Bayern. «Nós bem que não queríamos fazer este jogo. Sabíamos que ia ser muito complicado. Mas os contratos são para se cumprirem», lamentava-se.
O Estádio de Colombes prestava homenagem ao futebol dos lisboetas com uma ovação de pé e entusiasmada.
Benfica-Bayern: ninguém o adivinharia na altura. Mas ficou marcado a letras vermelhas e fosforescentes no voo 'encarnado'  dessa águia sem fronteiras..."

Afonso de Melo, in O Benfica