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sábado, 30 de abril de 2016

Só (ou ainda...) faltam duas finais

"Referem as estatísticas que o Benfica foi mais ofensivo (37 contra 19 ataques), que rematou mais vezes à baliza adversária (16 contra quatro remates), que teve largo domínio na posse de bola (63 por cento contra 37 por cento) e, no entanto, apenas marcou um golo, contra nenhum do Vitória: fraca colheita para tamanha superioridade.
Através desse golo alcançou um triunfo precioso, embora imensamente sofrido, de aí que, ultrapassado este obstáculo chamado Vitória de Guimarães, correspondente à 32.ª jornada, não se saiba bem o que dizer em relação ao pouco que falta disputar antes do pano descer e a peça terminar. Isto é, se 'só faltam duas finais' ou se 'ainda faltam duas finais'. As duas versões fazem sentido: a primeira, mais de acordo com a equipa que tão galhardamente se bateu com o Bayern, nos dois jogos dos quartos de final de Liga dos Campeões; a segunda, mais em sintonia com a crise exibicional, e também competitiva, que se lhe seguiu, em que ao empertigamento dos opositores deixou de se registar resposta com a firmeza e a lucidez que que se impõem nesta fase terminal do Campeonato.
Desgaste físico? É discutível a teoria. Abaixamento de forma de alguns dos elementos mais utilizados? Talvez sim. Em plantel com as suas limitações em termos de alternativas eficazes é natural que, se o talento não abunda, o rendimento fique prejudicado quando a pressão aumenta; e o jogo de ontem foi bom conselheiro...
De toda a maneira, o que conta são os resultados e os pontos que deles emergem. «Sei que vou passar esta noite na liderança», afirmou Jorge Jesus há uma semana depois de ter vencido o União e antes do Rio Ave-Benfica. Agora, foi a vez de Rui Vitória adormecer tranquilo sobre a almofada de cinco pontos de vantagem. Que o clássico de hoje, no Dragão, confirmará, ou não..."

Fernando Guerra, in A Bola

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