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quinta-feira, 19 de maio de 2016

Tri [II]

"Foi o 6° tri do Benfica. Quem diz tri, diz triângulo. Neste caso, equilátero: Vieira, Vitória, Equipa. Um triunvirato não de tricô e muito menos trivial. Um trio de vitórias, de Rui vitorioso e da águia Vitória saltitante. Uma época trifásica por trimestres, e que culminou com uma triunfal consagração. Tudo graças ao triplex de uma grande e unida família, com a tribo sempre solidária no seu tribómetro e não menos exigente no tribunal da Luz.
Houve muitas tricas durante a época, mas há que separar o trigo do joio. O trigo da Luz não é o mole ou o transgénico. Nem o trigo verdeal. É o trigo duro, bem triturado. O Benfica na sua inexpugnável trincheira tricotou o título com uma equipa sem tripalhadas, mais do que trilingue e com uma notável triagem de jogadores antes ignotos na equipa B.
Percebo a tristeza de quem não venceu, apesar da trivialização de medonhos tricórnios inventados a cada semana e de um indisfarçável triunfalismo precoce com trincadelas à mistura e tripés virtuais. Apesar de ter investido à tripa-forra, percebo quão difícil é digerir o triácido jejum de - quem fazendo um notável campeonato - não ganhou por um triz.
Esse triz chama-se Benfica que dispensou as triplas em 29 de 34 jornadas. O triunfo é obra de trincos à altura, trabalhadores à medida, tridentes demolidores, trivelas quanto baste, trintões jovens e decisivos, trinca-espinhas tipo Talisca, tripulação eficiente.
Não foi, porém, um qualquer tri-ciclo, antes foi o sabor de trípticos de alma, querer e carácter.
O meu tributo ao grande triatlo no fim-de-semana: tri no futebol, bi no hóquei e o europeu sobre rodas."

Bagão Félix, in A Bola

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