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terça-feira, 19 de julho de 2016

A subjectividade na arbitragem

"1. um axioma da autoria de Sócrates, filósofo grego da Grécia antiga, que por mais milénios que passem e a ciência progrida, nunca deixará de ser imperiosamente actual: «Quanto mais sei, mais sei que nada sei». Vem isto a propósito da intempestiva entrada de Payet sobre Cristiano Ronaldo no jogo da final do Euro. É natural que, depois de ter visto a falta em slow motion, tenha formado o meu juízo, muito diferente aliás daquele expendido aqui n'A Bola pelo especialista e ex-árbitro internacional Duarte Gomes, que absolveu Clattenburg. Esta divergência levou-me a procurar sufrágio em jornais desportivos de Itália, Espanha e França e em todos encontrei conforto para a minha tese. A panóplia de pareceres é vasta e a conclusão unívoca: a falta foi feia e merecedora de cartão amarelo. Uns falam em «pancada voluntária», outros em «entrada dura, intimidatória e maldosa, cujo impacto levou o joelho da perna de apoio a ceder», outros finalmente em «desprezo pela tutela física do jogador que, nestes casos, tem de ser prioritária».

2. O prazo para a apresentação de candidaturas à presidência da UEFA (gerida interinamente pelo grego Theodoridis) está prestes a encerrar e para já existem apenas dois candidatos: o holandês Van Praag, 68 anos, e o desconhecido e temido esloveno Ceferin, 48, que nas sondagens está muito à frente. O espanhol Angel Villar, eterno membro do comité de executivo e tutor da arbitragem, também seria hipótese se o holandês se afastasse da corrida. No meio do caos provocado pela ausência simultânea de Platini e Infantino, agora na FIFA, há dois problemas sérios a resolver: a mudança estrutural da Champions League a partir de 2018, reclamada pelos tubarões europeus; e a abolição do fair-play financeiro reivindicada pelos investidors estrangeiros, que não aceitam o espartilho desse e de outros vínculos à UEFA."

Manuel Martins de Sá, in A Bola

PS: Duarte Gomes voltou hoje à carga com uma 'extraordinária' crónica, onde defende que os erros não-deliberados dos árbitros, não colocam em causa a verdade desportiva!!! Pois são equivalentes, aos golos falhados ou às substituições mal feitas!!!!!
Esta gente não se enxerga mesmo...!!!
Os árbitros há muito, querem transmitir a ideia, que são agentes desportivos, iguais aos jogadores e aos treinadores, e portanto também podem errar...
O que eles se esquecem é que quando o Futebol nasceu, existia jogadores e treinadores, e só muito mais tarde é que inventaram a 'figura' do árbitro!!!! A função do árbitro é cumprir as Leis do jogo, e ser neutro no resultado, se os erros são deliberados ou não, isso é irrelevante para a discussão da verdade desportiva.

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