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terça-feira, 20 de setembro de 2016

Gil Dias para o futuro, e um Benfica líder no seu momento mais difícil

"Gil Dias. A história da quinta jornada da Liga escreveu-se com um miúdo de 19 anos como grande protagonista. O outro foi Mitroglou, que regressou à competição com um bis que muito ajudou à liderança isolada do Benfica, mas a verdade é que o internacional grego está mais habituado às parangonas.
Um muito bom Rio Ave impressionou não só a forma como aproveitou os erros de transição defensiva do Sporting, colocando-se em posição muito confortável no marcador, mas também como até ao golo de Bas Dost manteve um perfeito controlo do encontro, mérito óbvio de Nuno Capucho. A proposta de jogo do Rio Ave continua a ser das mais interessantes do campeonato.
O jovem avançado português do emblema vila-condense começou por fazer a cabeça em água a Bruno César, novamente lateral depois de boas exibições por terrenos mais centrais, sobretudo perante adversários de exigência máxima, como FC Porto e Real Madrid. Alto, forte fisicamente, mas ao mesmo tempo com excelente técnica e capacidade de drible em progressão, sustentada por um bom pé esquerdo, Gil Dias destroçou depois a defesa do Sporting com a sua inteligência, a partir da criação de desequilíbrios para os companheiros aproveitarem e da sua movimentação, que lhe valeu também um golo, o terceiro.
Emprestado pelo Monaco, iniciou a temporada em grande estilo e merece um olhar muito atento nos próximos meses.
É o exemplo dos bons jogadores que Portugal continua a fazer sair do forno, mesmo que o caminho não seja muitas vezes uma linha reta e, por vezes, haja que trilhar caminhos alternativos. Gil Dias não vingou no Sporting, mas cresceu na Sanjoanense e no Sp. Braga, onde se sagrou campeão nacional de juniores, antes de seguir para França. Que continue a crescer!

O Benfica é líder isolado. À quinta jornada, não vale muito e não permite grandes conclusões. Para Rui Vitória a boa notícia é que o primeiro lugar chegou com meia-equipa na enfermaria: Jardel, Jonas, Raúl Giménez, Rafa e Samaris são apenas os exemplos mais recentes do trabalho anormal que o departamento médico tem tido.
A equipa tem muito por onde crescer, se olharmos para a influência que esses jogadores apresentam, e terá obrigatoriamente de o fazer.
Os encarnados demonstram dificuldades no controlo dos jogos, com bola ou sem ela, sendo que nesta última situação sempre se sentiram antes um pouco mais à vontade. Os encontros são mais partidos, mais divididos, e mesmo assim o Benfica tem somado todos os pontos, excepção feito ao empate caseiro com o Vitória Setúbal. Se é o melhor ataque, também sofreu golos desde o triunfo em Tondela na primeira jornada. Ou seja, sofre sempre há cinco jogos, incluindo o Besiktas, e quatro foram de bola (só o do Arouca nasceu de jogada corrida).
Fejsa e Grimaldo têm sido dos jogadores em maior destaque no conjunto de Rui Vitória, sustentado ainda por defesas importantes de Júlio César e intercaladas também com bons momentos de Pizzi, André Horta, Salvio, Gonçalo Guedes e, agora, Mitroglou. Longe ainda do seu melhor, algo resultadista a espaços até, nem que seja pelo esforço despendido em várias frentes, o campeão chega ao primeiro posto.

O sexto lugar de Desportivo de Chaves e Feirense com nove pontos poderá ser boa sustentação para o projecto de manutenção dos recém-promovidos. Com filosofias diferentes, já que o primeiro emblema assentou mais na mudança enquanto o segundo apostou numa perspetiva de continuidade, têm mostrado argumentos para chegar ao fim em festa. Mais equilibrado parece, para já, o conjunto orientado por Jorge Simão, que ainda não perdeu, com duas vitórias e três empates, antes de agora receber o líder Benfica, enquanto o clube da Feira tem três triunfos e dois desaires, um em casa perante o Moreirense do seu ex-treinador.

Lá por fora, num fim de semana sem Cristiano Ronaldo, voltaram a brilhar Messi e Griezmann. O Manchester City de Guardiola e o surpreendente Everton mantêm o excelente arranque em Inglaterra – que assistiu à primeira manifestação da grande qualidade de Islan Slimani –, tal como o Monaco de Leonardo Jardim por terras francesas. João Mário contribuiu ainda para a vitória do Inter frente à poderosa Juventus, entregando a liderança ao Nápoles do empolgante Milik. Na Alemanha, o Borussia Dortmund entusiasma, mas a liderança é repartida por Bayern e Hertha."

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