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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Do antijogo e de como liquidar a praga

"Os árbitros não podem ser cúmplices do antijogo. E deve ser só deles a decisão de parar o jogo em caso de alegada lesão.

O antijogo é uma praga que assola, sobretudo, o futebol dos países do sul da Europa e da América Latina. Deve-se à conjugação de dois factores, o primeiro de ordem sociológica - a ausência de censura social perante a esperteza do subterfúgio - e o segundo de cariz económico, fundado na disparidade de meios entre as equipas.
Não é fácil, com os meios actualmente à disposição, erradicar tão pernicioso fenómeno, mas há que encará-lo de frente e agir em conformidade. É sabido que a mentalidade de jogadores, treinadores e adeptos levará, pelo menos, uma geração a alterar no sentido do primeiro fair-play (que não é nenhuma treta, é, isso sim, uma das pedras basilares do jogo como foi sonhado pelos founding fathers), mas isso não nos deve impedir de pugnar por melhores práticas, nem que estas, no presente estádio, sejam aplicadas por coerciva.
Enquanto a cronometragem electrónica dos jogos não chega(há, de facto, coisas que não se entendem...), anulando a vantagem dos prevaricadores na queima de tempo, cumprirá aos árbitros uma administração mais criteriosa do tempo de jogo, no sentido de não premiar as más práticas. Os árbitros não podem ser cúmplices do antijogo e quando o forem devem ser censurados e punidos.
Esta é uma parte da equação. A outra tem a ver com as simulações de lesões. O râguebi resolveu, em boa parte, este problema, permitindo a entrada das equipas médicas com o jogo a decorrer. Enquanto essa inovação não chega ao futebol, o árbitro, que não é médico, está obrigado a interromper o jogo para assistência. Mas além de compensar o tempo perdido, deverá também punir comportamentos desviantes, como, por exemplo, quando um jogador «lesionado», mal sai do campo, saltar da maca para reentrar.
Finalmente, uma questão igualmente sensível. Creio que, perante um jogador alegadamente lesionado, a obrigação de interrupção do jogo não deve ficar do lado dos jogadores, mas sim do árbitro. É este que deve definir se há, ou não, lugar à entrada da equipa médica, sem se esconder atrás de um ónus injusto que está a cair sobre os jogadores. Creio, pois, ser justa a decisão dos treinadores que avisam que a sua equipa não coloca a bola fora perante adversários caídos. A decisão de interromper o jogo deve pertencer ao árbitro.

Como foi que disse? Ser ou não ser, eis a questão
«Esta dupla, do Filipe e do Marcadno, é das melhores duplas de sempre do FC Porto e do futebol português»
Pinto da Costa, presidente do FC Porto
Jorge Costa/R. Carvalho, Eduardo Luís/Celso, Fernando Couto/Aloísio, Simões/Freitas, Eurico/Lima Pereira, José Rolando/Armando Manhiça, Virgílio/Miguel Arcanjo, Rolando/Maicon, Otamendi/Mangala, Bruno Alves/Pedro Emanuel. A propósito de grandes duplas do FCP.

O adeus do Campeão
Nico Roseberg, 31 anos, decidiu colocar ponto final na carreira na Fórmula 1, poucos dias depois de sagrar-se campeão mundial. Dez anos no circo foram suficientes para o piloto alemão, que toda a vida viveu entre motores e competição, dizer 'aufwiedersehen'. Será que, como dizem, se fartou de Hamilton?
PS - Na última semana dei conta do meu desencanto por não haver F1 na televisão portuguesa. 'Mea culpa, mea maxima culpa', a F1 está, por cá, disponível no Eurosport 2 XTRA, o canal pago desta plataforma. O seu a seu dono...
A tragédia da Chape vista pelos jornais
O desastre de aviação que dizimou a equipa brasileira da Chapecoense foi motivo de atenção dos media, a nível mundial. Entre muitas capas de sensibilidade e bom gosto, esta, do jornal Meia Hora, do Rio de Janeiro, terá sido a mais inspirada. Ou como é possível, sem qualquer letra, valer mais que mil palavras...
(...)"

José Manuel Delgado, in A Bola

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