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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Os três grandes, a Europa e o futuro

"O longo 'sprint' anunciado entre águias e dragões começa a tomar forma. Mas as contas para 2018/19 serão mais dramáticas.

O FC Porto, que já vai em sete vitórias seguidas na I Liga, e o Benfica, que soma quatro e mantém a liderança, estão a prometer um final de temporada emocionante, um sprint longo a fazer lembrar o mano-a-mano entre águias e leões da temporada passada. Ainda faltam onze jornadas para o fim do campeonato, o Benfica tem de se deslocar a Alvalade e o FC Porto à Luz, há uma série de clubes da gama média-alta que mostram ter trunfos importantes para jogar e por tudo isso os riscos que corre quem quiser fazer futurologia são tremendos. Pelo meio haverá compromissos europeus, os encarnados vão a Dortmund com uma vantagem tangencial que não chega para obterem rótulo de favoritos e os azuis-e-brancos apresentam-se em Turim de olhos postos num milagre improvável, e do resultado dessas eliminatórias dependerá também a saúde física e mental das equipas, com reflexos no que falta jogar de I Liga.
Esta é, e os números apontam dramaticamente nesse sentido, a última época em que o nosso segundo classificado terá acesso directo à Liga dos Campeões e o terceiro uma hipótese através do play-off. Na temporada seguinte, Benfica, FC Porto e Sporting, crónicos candidatos às três primeiras posições, vão ter de abdicar do conforto relativo que resultava das duas vagas mais uma atribuídas a Portugal, para encetarem uma luta ainda mais feroz pela sobrevivência, num contexto em que só o campeão acederá à Champions, estando ao segundo reservada uma ida, não ao play-off, mas à terceira pré-eliminatória. Ou seja, entramos num cenário em que um dos três grandes perderá, de todo, o acesso aos milhões e a hipótese de ter os seus jogadores na maior montra do futebol europeu, e um dos outros terá de lutar em duas eliminatórias por uma vaga na fase de grupos. É a pensar neste novo mundo, menos atraente, que se  avizinha, que Benfica, Sporting e FC Porto devem programar-se a médio prazo, conscientes que há uma grande probabilidade de um deles ser inexoravelmente deixado para trás.
PS - Entramos na derradeira semana das eleições do Sporting e a sensação que fica é a de que o caldo vai entornar-se significativamente. Com consequências que transcenderão o próxima sábado e encontrarão sequência na barra dos tribunais...

ÁS
Zlatan Ibrahimovic
Ontem, foi decisivo no triunfo do Manchester United na final da Taça da Liga. Ao longo da temporada já soma 26 golos, o que só por si revela o acerto da sua contratação. Mas é a forma como joga, em domínio completo do espaço e do tempo, que mais impressiona, um jogador de futebol extraordinário, para a eternidade.
(...)

DUQUE
Srivaddhanaprabha
Foi o senhor Vichal Srivaddhanaprabha, tailandês, 58 anos, que tomou a decisão de despedir Claudio Ranieri do Leicester. Não terá sido a mais fácil escolha da vida deste magnata que tem fortuna avaliada em três mil milhões de euros. Mas foi a que lhe valeu o carimbo de maior ingrato da história do futebol.

Uma campana que animou depois do debate
«(o treinador) está tratado e vai ser anunciado durante a próxima semana. Vamos ver o timing ideal...»
Madeira Rodrigues, candidato à presidência do Sporting
Madeira Rodrigues tinha baixos níveis de notoriedade quando se lançou na corrida à presidência do Sporting e só muito recentemente mostrou o que valia, colocando em xeque Bruno de Carvalho no confronto directo. Ainda lhe resta um trunfo - o nome do seu treinador - mas tudo indica que, salvo algum imponderável de última hora, será demasiado tarde...

O senhor de Wembley
José Mourinho venceu ontem, pela quarta vez, a Taça da Liga Inglesa, igualando nessa competição os números dos míticos Alex Ferguson e Brian Clough. Foi o sétimo triunfo do 'special one' em Wembley, onde já levantou ainda, além das quatro Taças referidas, uma Taça de Inglaterra e duas Supertaças inglesas. Portugal tem excelentes treinadores, muitos deles a dar cartas pelo mundo, mas o navio-almirante da armada lusa continua a dar pelo nome de José Mourinho, que depois de atravessar tempestades vive hoje tempos de bonança...

Escócia não há mal que dure sempre...
A Escócia e o País de Gales são rivais no râguebi desde 1883. No último sábado, no 122.º embate entre estas duas potências, a vitória sorriu aos escoceses (e logo por conclusivos 29-13), que não batiam os galeses há dez anos e assim mostraram que estão na corrida pelo Torneio das Seis Nações de 2017."

José Manuel Delgado, in A Bola

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